Cerca de 300 bovinos da raça canchim participam, no Mato Grosso do Sul, de uma série de provas de avaliação de desempenho. Essas provas são importantes para que o produtor rural possa escolher melhor a raça na hora de fazer um cruzamento. Uma boa escolha é essencial obter resultados no campo em precocidade e qualidade de carne.
A prova tem a participação de 15 criatórios de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Paraná. Os animais ficarão confinados durante 150 dias onde receberão cuidados especiais e passarão por pesagem e avaliações.
Segundo o diretor de núcleo da Associação Brasileira de Criadores de Canchim (ABCCAN), Amadeu Furtado Alvin, as avaliações são realizadas durante todo o período de confinamento dos animais. “É avaliado o ganho de peso diário e o ganho durante os 154 dias em que os animais vão estar aqui. Além disso, são feitas avaliações de de área de lombo e gordura subcutânea com ultrassom; e de circunferência escrotal, que reflete a precocidade sexual dos animais. Técnicos e juízes da raça analisam ainda o tipo do animal, a caracterização racial e a configuração frigorífica. Após isso, teremos dados numéricos de que o animal está enquadrado nessas características”, diz Alvim.
Os animais são alimentados quatro vezes ao dia com uma ração que mistura milho, farelo de soja, bagaço de cana e aveia. Uma das características da raça canchim é o fácil ganho de peso, que chega a cerca de 1,7 quilo por dia. A maioria dos animais possui um ano de vida e mais de 300 quilos.
Com relação à precocidade, o novilho da raça, um cruzamento de vaca anelorada com touro canchim na cobertura a pasto, pode ser abatido até 18 meses. O canchim é uma raça sintética, resultado do cruzamento do zebu com o charolês. Os animais têm fácil adaptação às diferentes condições climáticas existentes no Brasil.
A avaliação final será realizada em novembro e os melhores classificados terão o sêmen coletado para venda em centrais de inseminação.
Fonte: G1 (acessado em 15/08/2011)