Saiba como proteger seu pet contra o verme do coração

Durante alguns anos acreditou-se que o problema estava sob controle no Brasil. Mas desde 2009, a incidência de dirofilariose canina voltou a crescer. Na região sudeste, a frequência da doença praticamente desapareceu em 2003, com registro de poucos casos isolados. Em 2007 voltou a ser observada e no ano passado, 2009, registrou um crescimento de 20%, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (RJ). Os números deste ano serão analisados futuramente para que então tenhamos uma base comparativa mais recente desta retomada de crescimento.

A dirofilariose ou verme do coração é uma doença transmitida pela picada de mosquitos. É causada pelo verme Dirofilaria immitis que, na fase adulta de seu ciclo, se aloja no coração de cães e gatos, mais especificamente no ventrículo direito, ou na artéria pulmonar. Essa doença afeta consideravelmente a qualidade de vida dos animais de estimação e pode levar à morte.

Os primeiros sintomas podem demorar para aparecer, o que dificulta o diagnóstico. “Um cachorro, por exemplo, pode ficar assintomático por vários anos e quando manifestar sintomas, esses podem facilmente ser confundidos com problemas naturais do envelhecimento animal”, explica pesquisadora e veterinária Norma Labarthe, presente no Simpósio da Sociedade Americana de Verme de Coração 2010, em Memphis (EUA).

Há dois tipos distintos da doença, um quadro agudo, em que o animal apresenta dificuldades para respirar, tontura e apatia e um quadro crônico, em que os vermes chegam aos poucos ao coração, causando cansaço e tosse. “Da infecção ao diagnóstico pode-se levar até seis meses para identificar a presença de dirofilárias no organismo do cachorro e até nove meses no caso do gato”, destaca Norma.

As microfilárias se desenvolvem em larvas infestantes no corpo dos insetos transmissores. Quando os insetos picam o animal e se alimentam do sangue deles transmitem as dirofilárias pelo local da picada. No organismo do cão ou do gato, os vermes migram, realizam mudas e aos poucos chegam ao coração e ao pulmão.

A incidência da doença é mais alta em cachorros, que mostram ter um sistema imunológico mais adaptado ao verme do coração. Os gatos são mais suscetíveis a desenvolver quadros agudos graves, quando contaminados. “Observamos que cachorros podem conviver com muitas dirofilárias em seu organismo, sem grandes problemas. No caso de gatos, um único verme já pode levar ao óbito do animal”, explica Norma.

A prevenção com coleiras antimosquito e produtos repelentes são indicadas quando cães e gatos estão em regiões endêmicas ou de alta concentração de mosquitos, que são os vetores da doença.

Uma vez que o animal de estimação foi infectado pelos vermes, o mais indicado é controlar a infecção para evitar que os parasitas cheguem ao coração. Os tratamentos, em geral, costumam ser feitos com o uso de medicações como a selamectina, antiparasitário que controla o crescimento destes vermes. A substância é eficiente tanto para cães como para gatos.

“Os medicamentos para tratamento de dirofilariose procuram interromper o ciclo de crescimento da dirofilária no organismo do animal, mantendo o problema sob controle. Se o verme não crescer, ele não vai migrar para o coração e com isso evitamos problemas mais sérios para a vida do animal de estimação”, explica Norma.

Fonte: Assessoria de Comunicação Pfizer (acessado em 08/09/10)

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