Santa Catarina completa 11 anos como único estado livre de febre aftosa sem vacinação

Reconhecimento internacional pela OIE gerou emprego e renda para todos os envolvidos na cadeia produtiva
Texto: Secretaria da Agricultura e da Pesca de SC (adaptado pela Comunicação CRMV-SP)
Fotos: Adobe Stock

Há 11 anos, Santa Catarina (SC) se mantém como único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação. O reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) veio, em maio de 2007, e foi resultado de uma longa trajetória, iniciada em 1965. No Estado, o último foco da doença aconteceu em 1993 e, desde 2000, foi suspensa a vacinação dos bovinos.

O status sanitário diferenciado, referência em sanidade e defesa agropecuária, logo se transformou em uma vantagem competitiva e Santa Catarina se tornou o maior exportador de carne suína e o segundo maior exportador carne de frango do País, alcançando os mercados mais exigentes do mundo.

O secretário da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, explica que o certificado da OIE distingue a produção catarinense no cenário nacional e se tornou um patrimônio do Estado. “O reconhecimento internacional trouxe grandes vantagens econômicas, gerando emprego e renda para todos os envolvidos na cadeia produtiva”.

A conquista e a manutenção do status sanitário exigem esforços conjuntos do governo de Santa Catarina, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, agroindústrias e produtores rurais. “A colaboração de cada um permitiu que chegássemos até aqui e permanecêssemos, há 25 anos, sem nenhum caso de febre aftosa no Estado”, enfatiza o secretário.

Manutenção do status sanitário

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) mantém 63 barreiras sanitárias fixas nas divisas com Paraná, Rio Grande do Sul e Argentina que controlam a entrada e saída de animais e produtos agropecuários. Além disso, em Santa Catarina, todos os bovinos e bubalinos são identificados e rastreados.

Como é proibido o uso de vacina contra febre aftosa em todo o território catarinense, não é permitida a entrada de bovinos provenientes de outros estados. Para que os produtores tragam ovinos, caprinos e suínos, criados fora de Santa Catarina, é necessário que os animais passem por quarentena tanto na origem quanto no destino e que façam testes para a febre aftosa.

Sistema de vigilância

O Governo do Estado mantém ainda um sistema permanente de vigilância para demonstrar a ausência do vírus de febre aftosa em Santa Catarina. Continuamente, a Cidasc realiza inspeções clínicas e estudos sorológicos nos rebanhos.

Além disso, a Companhia dispõe de uma estrutura de alerta para a investigação de qualquer suspeita que venha a ser notificada pelos produtores ou por qualquer cidadão. A iniciativa privada também é uma grande parceira nesse processo, por meio do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (Icasa).

Próximo diferencial catarinense

O Brasil já se prepara para conquistar o certificado internacional como país livre da doença sem vacinação – assim como Santa Catarina fez em 2007. A expectativa é de que até 2023, a OIE conceda o título a todos os estados do País. E o agronegócio catarinense já se prepara para o seu próximo desafio: erradicar a brucelose e a tuberculose do seu rebanho bovino.

“Santa Catarina se prepara para ser conhecido como referência em bem-estar animal, controle de brucelose e tuberculose e desempenho ambiental. São esses fatores que irão garantir a competitividade do nosso agronegócio”, destaca o secretário.

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