Setor pet tem demanda crescente para zootecnistas

Áreas de nutrição e de comportamento concentram boas oportunidades no mercado
Texto: Comunicação CRMV-SP
Foto: Pixabay

Que a relação entre cães e gatos e seus tutores se transformou já não é novidade. Em grande parte dos lares eles foram dos quintais para o sofá e passaram a ser considerados membros da família e até filhos.

Na mesma direção, o mercado pet alavancou seus índices de crescimento, com forte presença de zootecnistas nas áreas de produtos e serviços. Esses profissionais atuam diretamente na formulação de alimentos e na lida com o comportamento animal, atendendo demandas cada vez mais frequentes entre os donos de pets.

No segmento de nutrição, os zootecnistas atuam na formulação de alimentos e dietas, na produção, em vendas e marketing, na orientação técnica e no campo de pesquisa e desenvolvimento. E contribuem para a grande variedade de produtos alimentícios para cães e gatos encontrada atualmente no mercado.

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) mostram que dos R$ 23 bilhões faturados pelo setor pet brasileiro, em 2016, mais de 54% correspondem à venda de alimentos (pet food).

Mercado em expansão

“Hoje temos, por exemplo, rações para raças específicas  e para animais com diversos tipos de problemas de saúde, como cardiopatias, doenças renais e obesidade. Isso foi possível a partir do empenho de profissionais em todas as frentes de trabalho”, comenta a zootecnista Lívia Rosa Folconi, mestra em nutrição.

A zootecnista estudou o efeito das fibras em cães saudáveis, avaliando saúde intestinal e índices de insulina e glicemia. Atualmente, trabalha prestando consultoria na área de dietas caseiras. Trata-se de um nicho de mercado em expansão, em que o profissional pode atuar como consultor de empresas que querem investir nesse tipo de alimento e no atendimento nutricional de pets, sendo acionado por médicos-veterinários.

Alimentos diferenciados, industrializados ou caseiros são tendência e abrem oportunidades aos zootecnistas

(Lívia Rosa Folconi)

Pesquisas focam em novas soluções

No campo da pesquisa e desenvolvimento, usando recursos tecnológicos e a expertise da Zootecnia de Precisão, o setor pet pode conquistar, em um futuro não tão distante, novas soluções que contam com muito trabalho de profissionais da Zootecnia.

O Prof. Dr. Paulo Marcelo Tavares Ribeiro cita, como exemplo, a possibilidade do uso de colares com sensores em pets, semelhantes aos utilizados em animais de produção. “Há estudos sobre o uso desse recurso para monitorar cães com problemas de saúde que ficam em casa e sinalizar alterações de parâmetros do animal ao seu tutor ou ao médico-veterinário, por meio de software ou aplicativos.”

A criação de insetos como fonte de alimento animal, a micro farming é mencionada por Ribeiro como tendência de pecuária do futuro

Comportamento

A zootecnista Sara Favinha, ao insistir no segmento de comportamento, constatou grandes oportunidades que o mercado reserva aos profissionais. Apesar das portas abertas aos zootecnistas e do reconhecimento da sociedade quanto à importância do trabalho com comportamento animal, segundo Sara, nem sempre os profissionais aproveitam o nicho.

Ela considera que o segmento precisa de mais zootecnistas interessados e que trata-se de uma área promissora. Segundo sua estimativa, a remuneração média é de R$ 6 a R$ 7 mil por mês aos que atuam com adestramento de cães, sendo que essa renda pode chegar a R$ 15 mil.

Além de visão estratégica e conhecimento em comportamento, é fundamental que o profissional tenha amor pelo trabalho com animais

(Sara Favinha)

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