Terreno na Zona Sul de SP vira ‘cemitério’ de cães

Quem passa pela Avenida Jornalista Roberto Marinho, na altura da Rua Carlos Pinto Alves, no Jardim Aeroporto, Zona Sul de São Paulo, estranha e chega a ficar enjoado com o cheiro de lixo e decomposição que toma conta de um terreno. Além de servir como depósito de entulho, o local está se transformando aos poucos em um “cemitério” de cães.

O G1 esteve na avenida nesta quinta-feira (15) e encontrou quatro restos de animais – dois deles em avançado estado de decomposição. Lá, ossos brancos contrastam com a grama – escura por causa do lixo queimado.

Segundo moradores e trabalhadores da região, os corpos são abandonados quase que diariamente no terreno. “Já vi três pit bulls deixados lá”, afirma a assistente Marluce Alves Bezerra, de 46 anos, que trabalha em uma ONG na Rua Carlos Pinto Alves.

Quem abandona os cadáveres aproveita a noite para não ser visto. “Quando chego de manhã, [o corpo] já está aqui”, acrescenta Marluce. “De dia tem muito movimento. Não dá para fazer isso”, completa a secretária Maria Aparecida Souza, de 48 anos.

Assustada com as mortes, a artista plástica Lara Cristina Valverde, de 30 anos, foi ao terreno para conferir de perto a situação. Ao chegar lá, ficou horrorizada com o que viu. “Como alguém pode fazer isso com um animal”, lamenta. Dona de mais de 32 cães, que estão em três casas no Jardim Aeroporto, ela diz que, a partir de agora, tomará mais cuidado com os bichos. “Não deixarei mais eles passearem sozinhos pelo bairro.”

Duas hipóteses são levantadas pelos moradores para explicar esse “cemitério” a céu aberto. A primeira indica que um “serial killer” de cães aproveita o silêncio da noite para deixar as vítimas no local ermo. A outra opção leva a crer que pessoas são pagas para dar um fim aos corpos nessa rua.

Isso ocorre por causa dos custos que o dono precisa arcar quando seu animal morre. Clínicas e hospitais veterinários cobram, em média, R$ 95 para enviar os corpos para incineração. Há outras opções, como cremação individual (de R$ 500 a R$ 1 mil) e enterro (com custo inicial de R$ 500). “Não recomendamos, e é proibido, enterrar o animal no jardim. E abandonar em terrenos pode proliferar ratos, insetos, e contaminar o solo”, afirma a veterinária Fernanda Fragata, diretora do Hospital Veterinário Sena Madureira. Apesar da recomendação, o abandono acaba sendo uma forma mais fácil – e barata – de se desfazer do corpo do animal.

Os moradores pretendem até aumentar a vigilância na região para flagrar quem comete esses atos. “Penso até em contratar alguém para vigiar, para ficar de campana e pegar essa pessoa”, diz Lara.

Fonte: G1 (acessado em 19/07/10)

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