Os ministros da
Agricultura da UE (União Europeia) aprovaram hoje
uma cota especial adicional de importação de carne bovina de alta qualidade
dos Estados Unidos, livre de tarifas, que aumentará para 20 mil toneladas nos
primeiros três anos e depois para 45 mil. A carne deverá proceder de bezerros
que não foram tratados com hormônios.
A decisão ratificada hoje pelos 27 Estados-membro
da UE faz parte de um acordo assinado em maio com os EUA, para pôr fim ao
veto europeu de 12 anos à carne bovina tratada com hormônios.
Bruxelas se comprometeu a permitir a quota de 20 mil toneladas em três anos e
45 mil a partir do quarto, sem tributá-las com impostos alfandegários, mas
com a condição de que a mercadoria seja proveniente de animais sem hormônios.
Em troca, Washington concordou em retirar progressivamente, em quatro anos,
as sanções aplicadas às importações de vários produtos europeus, em
represália pela proibição europeia à carne. Antes
dos quatro anos, Bruxelas e Washington negociarão um acordo definitivo.
As divergências sobre o tema dos animais tratados com hormônios é uma das
principais polêmicas comerciais entre a UE e os EUA. A regra entre as partes
permite à UE manter sua proibição à carne americana submetida ao tratamento.
O contingente aprovado hoje se acrescenta a uma cota de carne bovina de
"alta qualidade" que já é importada dos EUA e do Canadá, livre de
hormônios, que pode ser enviada à UE com tarifas reduzidas e que chega a
11.500 toneladas ao ano.
Fonte: Folha Online, acesso em 13/07/2009