Não faltam opções quando o assunto é cuidados de higiene e beleza com os pets. Xampus, desembaraçantes, perfumes, mega hair e até piercings entram na lista de produtos destinados à estética dos pets. Mas em quais situações o uso desses produtos é realmente indicado? A primeira recomendação é evitar usá-los em animais com predisposição a desenvolver alergia.

“O ideal é usar itens neutros. Se não for possível, empregue com máxima cautela. Primeiro, é preciso avaliar a procedência do cosmético”, aconselha a médica veterinária Mirela Costa. Alguns, segundo ela, são feitos sem critérios farmacêuticos, o que implica testes alérgicos. “Só use produtos testados e aprovados.”

A agrônoma Fernanda Mastelaro Hayashi é exemplo de proprietária que frequenta pet shops. Ela tem dois cães: Maxi, de 11 anos, e Thaila, de 5 meses. “A Thaila, por exemplo, gosto que use perfume, produto para limpar as lágrimas, xampu branqueador e creme desembaraçante.”

De acordo com Mirela, embora pareçam meramente estéticos, alguns itens são realmente recomendados. “Os cremes enxaguatórios, por exemplo, facilitam a lida com a pelagem dos animais. Eles desembaraçam os pelos e evitam que se quebrem”, explica.

A veterinária também alerta para a necessidade do protetor solar em cães e gatos de pelagem clara ou com pelos muito baixos. “Um animal com essas características deve evitar a exposição solar prolongada e, quando não for possível, o uso do protetor é indispensável.”

O médico veterinário Mário Marcondes dos Santos concorda. “Pouca gente sabe, mas os bichos também podem desenvolver câncer de pele”, diz.

O uso de xampus é liberado, até porque alguns animais têm pelagem mais oleosa. “O importante é sempre escolher um item veterinário. Jamais use um produto para humanos”, ressalta o veterinário.

A primeira aplicação deve ser feita em uma pequena área. “Espere 24 horas para checar se houve alguma reação.” Os sinais de alergia são vermelhidão, coceira, espirro, coriza e inchaço nos olhos. Se um desses sintomas se manifestar, o uso deve ser suspenso e o dono deve lavar a região afetada.

Quanto aos perfumes, a veterinária Mirela Costa faz ressalvas. “Não se pode ignorar a origem dos animais e tentar humanizá-los. Eu desaconselho o uso.”

Fonte: Bonde (acessado em 18/10/10)