Verão exige cuidados redobrados com a dengue

Em 2020 foram notificados quase 1 milhão de casos prováveis de dengue no país.
Texto: Comunicação CRMV-SP / Agência Apex
Foto: Pixabay

A dengue constitui um sério problema de saúde pública no Brasil e esta época do ano é a mais preocupante. Isso porque no verão, devido às condições ambientais favoráveis à proliferação do mosquito Aedes aegypti, a propagação da doença é ainda maior e, portanto, os cuidados devem ser redobrados. Em 2020, mais de 90% dos casos prováveis de dengue ocorreram entre janeiro e junho, de acordo com o Ministério da Saúde.

De acordo com Elma Pereira dos Santos Polegato, médica-veterinária e presidente da Comissão Técnica de Saúde Ambiental do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), em todo o Brasil há profissionais da área atuando na gestão, planejamento e execução das medidas de controle de enfermidades como dengue, zika e chikungunya.

A atuação do médico-veterinário está diretamente ligada às ações preventivas das doenças. No combate ao Aedes aegypti, o profissional trabalha de forma integrada, em conjunto com outras áreas da Saúde

informa Elma.   

Cabe ao médico-veterinário, por exemplo, identificar potenciais riscos no meio ambiente e prevenir o estabelecimento de condições que afetem a saúde humana, antes que a doença se manifeste.

“O profissional de Medicina Veterinária possui uma ampla formação em epidemiologia, toxicologia e outras especialidades que o colocam como peça fundamental em qualquer intervenção ambiental de saúde pública”, explica o médico-veterinário Mário Ramos de Paula e Silva, membro da Comissão Técnica de Saúde Pública Veterinária do CRMV-SP.

Prevenção

No que se refere às medidas preventivas, Mário diz que impedir o acúmulo de água parada tanto dentro quanto fora dos domicílios continua sendo a maneira mais eficaz de se evitar a dengue. “Devemos eliminar os criadouros do Aedes aegypti tais como latas, garrafas, pneus, caixas d’ água, lonas plásticas e quaisquer recipientes que possam juntar água”, reforça.

Elma Polegato corrobora essa opinião e afirma que a melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito. “Vasos de plantas, galões de água, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo recipientes pequenos, como tampas de garrafas, são possíveis criadouros”, complementa.

Destaque: É importante lembrar que durante todo o ano esses cuidados devem ser tomados, mas os períodos chuvosos merecem uma atenção especial. “Na época das chuvas, o ciclo do mosquito é favorecido, motivo pelo qual devemos nos preocupar mais”, diz Mário Ramos.

Dengue e Covid-19

Com a pandemia de Covid-19, os sintomas da dengue podem ser confundidos. Sobre isso, Mário ressalta que é necessário consultar um profissional de saúde que poderá fazer o diagnóstico diferencial entre as doenças.

A orientação é buscar assistência na Atenção Primária à Saúde, na Unidade Básica de Saúde ou no posto de Saúde da Família mais próximo para as medidas cabíveis de acordo com o caso

Elma Polegato.

Elma esclarece que ambas as doenças são viroses e costumam provocar dor de cabeça, febre e dor no corpo. “No entanto, como a Covid-19 é uma doença respiratória, é mais comum que o paciente apresente alteração do olfato e paladar, tosse seca, falta de ar e problemas respiratórios mais graves, como pneumonia. Já, no caso da dengue, é comum a ocorrência de dores nas articulações, manchas vermelhas pelo corpo e problemas gastrointestinais” alerta.

Dengue: Saiba como evitar a proliferação do mosquito transmissor. 
Não deixe recipientes vulneráveis ao acúmulo de água, como latas, garrafas, pneus, lonas plásticas ou outros tipos de recipientes. Mantenha caixas d’água bem vedadas. Elimine os pratinhos dos vasos de plantas ou coloque areia para evitar que o mosquito se prolifere. Em caso de piscinas sem uso, providencie uma forma de evitar que mosquitos acessem o local.

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