Os dois cães da raça dálmatas que foram deixados dentro de uma agência bancária em Porto Alegre (RS), na madrugada desta quinta-feira (3), são um bom exemplo de amizade entre os animais. A veterinária Kátia Simões Refaxo, que também é dona de um cão da raça dálmata, explica que há uma amizade entre eles e que, provavelmente, no caso dos cães achados em Porto Alegre, eles ficaram juntos para proteger um ao outro.
“Essa raça não é muito tranquila. Eles querem se impor quando saem na rua e, como são grandes, assustam. Como todos os animais, eles criam vínculos e protegem um ao outro. O macho com certeza vai querer proteger a fêmea e eles não vão se desgrudar”, afirma ela.
Chamados de Mitius e Pinhó, eles sumiram no domingo (30), e não se separaram até reencontrarem o dono. Um homem que passava reconheceu os cachorros e ligou para o dono, Maurício Moura. Ele contou que os dois estavam desaparecidos desde que o filho dele deixou o portão aberto. A pessoa que colocou os animais na agência ainda deixou um bilhete com a seguinte frase: “dois dálmatas estavam perdidos e achamos melhor deixar eles aqui dentro”.
A veterinária conta que mesmo em casos onde os dálmatas não se dão bem, quando alguém não está, eles sentem falta. “Os animais nos vêem como uma raça superior à deles. Eles sabem reconhecer o outro como com quem podem brincar, enfim, ficarem juntos. Eu criei dois gatos durante muito tempo. Um deles morreu há dois meses e o outro ainda sente muito a falta”.
Fonte: R7 (acessado em 04/11/2011)