Zootecnistas atuam de forma determinante para que o Brasil oferte leites inteligentes

Pesquisas nacionais apresentaram resultados positivos para a produção de leite enriquecido e do tipo A2A2
Texto: Comunicação CRMV-SP
Foto: Pixabay

A Zootecnia brasileira tem contribuído fortemente para que a produção leiteira do Brasil passe a ofertar os leites biofortificado e tipo A2A2. A chegada dos produtos ao mercado nacional representará um ganho para o mercado de produtos de origem animal, que movimentou R$ 578,2 bilhões, em 2018, e, principalmente, para a saúde da população.

Isso porque o leite A2A2 possui proteína de melhor digestão no corpo humano. Já o biofortificado, é produzido por bovinos leiteiros e já enriquecido com nutrientes extras, diferente do fortificado – o qual que já existe no mercado e se trata de um produto cujos itens nutricionais são adicionados.

Para a produção de ambos, é preciso um trabalho detalhado de equipes multidisciplinares, que contam com a expertise da Zootecnia nas áreas de Melhoramento Genético, no caso do leite A2A2, e de Nutrição Animal, para o biofortificado.

No Instituto de Zootecnia (IZ) da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), um programa de pesquisa avalia os caminhos para a produção do leite biofortificado em projetos realizados em parceria com a Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) e a Faculdade de Medicina (FM), ambas da USP.

Inovação leiteira

A Dra. Márcia Saladini Viera Salles, zootecnista que integra a equipe de pesquisadores, comenta que já foi possível produzir três tipos de leite biofortificado: um rico em vitamina E e Selênio, outro rico em gorduras insaturadas – que possui os chamados ácidos graxos conjugados, considerados saudáveis –, e uma terceira opção com os três itens juntos.

“São resultado de um trabalho minucioso que envolve balanceamento nutricional, monitoramento de todas as fases (como o volume de determinado item ofertado ao gado e as sobras) e análise do leite produzido posteriormente”, explica Márcia, que palestrará sobre o assunto no 2º Encontro de Zootecnistas do Estado de São Paulo, realizado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), dia 14 de maio, na FZEA/USP, em Pirassununga.

Biodisponibilidade

As pesquisas começaram em 2009, envolvendo mais de 50 cabeças de gado da raça Jersey em duas fases. Márcia relata resultados satisfatórios para a saúde de crianças e de idosos, no que tange à absorção dos nutrientes desses leites, fator que foi avaliado em parte dos estudos, sob acompanhamento da FM/USP.

Segundo Márcia, o próximo projeto, por meio do qual serão respondidos questionamentos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aguarda liberação de recursos. Na nova fase, a intenção é esclarecer a biodisponibilidade, ou seja, o quanto o animal absorveu do que foi ofertado em sua alimentação com foco na produção do leite biofortificado, bem como comprovar qual o perfil do nutriente que o leite possui.

Serviço:

2º Encontro de Zootecnistas do Estado de São Paulo

Quando: 14 de maio, das 9h às 17h20

Local: Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (FZEA/USP)

Endereço: Av. Duque de Caxias Norte, 225, Campus Fernando Costa – USP, Pirassununga – SP

Inscrições: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSetGMpjQAbWCOvF52T7UM5JrNNnOjtFlkGCtBlgY6fbqAr6IA/closedform

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