Compra de pescado para a Páscoa deve ser criteriosa

Indicação é que os consumidores se atentem mais aos aspectos sanitários do que aos econômicos
Texto: Comunicação CRMV-SP
Foto: Freepik

O aumento do consumo de pescado, durante a Semana Santa e o domingo de Páscoa, movimenta a economia e chega a provocar crescimento de até 10% na comercialização dos produtos, conforme é observado pelo Sindicato da Indústria da Pesca no Estado de São Paulo (Sipesp).

Para o médico-veterinário Ricardo Calil, presidente da Comissão Técnica de Alimentos, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), em um período de alta demanda, acima da preocupação com o preço dos pescados, os consumidores devem ser criteriosos com aspectos relacionados à sanidade dos alimentos.

No que diz respeito ao pescado fresco, Calil explica ser fundamental conservar a umidade própria do produto. “Para isso, esse pescado precisa estar envolto em gelo, o que permite que a temperatura de conservação, próxima de zero grau, se mantenha.”

O consumidor pode se basear em características fáceis de visualizar para avaliar se a peça está adequada para o consumo, tais como: escamas brilhantes e nadadeiras bem aderentes à pele; carne firme e resistente à pressão suave dos dedos; vísceras íntegras; brânquias ou guelras róseas ou vermelhas, úmidas e brilhantes; odor natural e olhos ocupando toda a cavidade.

Armazenamento e exposição

Outra observação necessária é quanto ao local de armazenamento e exposição. Nos estabelecimentos comerciais, os pescados devem ficar em balcões expositores forrados com gelo também nas laterais. “Isso porque dessa forma se mantém não só o contato direto da peça com o gelo, mas também se cria uma área com temperatura mais baixa”, esclarece Calil.

O médico-veterinário alerta ainda que, após a compra, uma vez que as geladeiras domésticas, de um modo geral, permanecem em temperaturas na faixa de seis a dez graus positivos, a durabilidade do pescado é prejudicada. Portanto, é indicado que o consumo ocorra em, no máximo, dois dias.

Peixes salgados

Um dos pratos mais tradicionais nesse período é o bacalhau, ou seja, peixes que passaram pelo processo de salga e secura. Segundo Calil,atualmente o bacalhau apresenta uma umidade bem maior que no passado, fato que obriga a conservação do produto em geladeira.

“Quando isto não ocorre, pode haver condições para multiplicação de bolores, mofo e micro-organismos que gostam da umidade do produto aliada ao ambiente quente. Também é possível o aparecimento de manchas vermelhas, causadas por bactérias, conhecidas como vermelhão, que embora não cause mal à saúde, confere odor desagradável”, explica.

Crustáceos frescos

Aos que preferirem os frutos do mar para o almoço de Páscoa, a orientação de Calil é que crustáceos, como siris e caranguejos, sejam comprados vivos, assim como os moluscos bivalves, mariscos, ostras, que devem ainda ter as valvas ou conchas fechadas. “Esta é a garantia da qualidade e frescor, diminuindo o risco de doenças alimentares.”

É importante também saber a origem desses animais, pois se forem de áreas poluídas poderão causar graves problemas de saúde. Dê sempre preferência para o pescado inspecionado, evitando alimento sem controle higiênico-sanitário.

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