Dia Mundial do Rim: profissionais devem incluir alimentação saudável e atividades físicas na rotina

Brasil tem mais de 130 mil pacientes em diálises em decorrência de Doença Renal Crônica
Texto: Coordenadoria de Comunicação e Eventos do CRMV-SP
Foto: Pexels / Pixabay

No Dia Mundial do Rim, promovido internacionalmente na segunda quinta-feira de março (este ano, em 12/03), falar da saúde dos gatos é primordial. Isso porque, os felinos são mais sensíveis às doenças renais do que cães, o que requer ainda mais cuidados preventivos.

A explicação está na quantidade de néfrons, que são unidades funcionais dos rins. São eles que fazem com que os órgãos cumpram a função de filtrar o sangue. Para se ter uma ideia, os humanos têm mais de um milhão de néfrons. Os cães, aproximadamente, 450 mil. Já os gatos possuem apenas 250 mil néfrons.

“Isso significa que, em qualquer quadro de saúde que possa causar lesões nos rins dos gatos, o dano é muito maior”, afirma a médica-veterinária Karine Kleine, vice-presidente do Colégio Brasileiro de Nefrologia e Urologia Veterinárias (CBNUV) e membro da American Society of Veterinary Nefrology and Urology.

De acordo com o médico-veterinário Eduardo Pacheco, membro da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais (CTCPA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), o fato dos gatos, por hábito, beberem menos água do que os cães também influencia para a maior propensão do surgimento de cálculos urinários e da Doença Renal Crônica (DRC).

A doença renal também pode ser provocada pelo envelhecimento e, ainda, por uso de medicamentos utilizados para outras doenças

(Eduardo Pacheco)

Doença renal é silenciosa

Pacheco comenta que em casos de estágio inicial da DRC não costumam ser perceptíveis sinais do problema, o que acaba impedindo que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos precocemente. “A doença é silenciosa. Quando avança, os sinais são urinar em excesso e ingerir muita água”, aponta Pacheco. A dificuldade de urinar também pode ser um indicativo.

Segundo Karine, outra característica dos felinos pode influenciar é a capacidade que eles têm de concentrar urina, o que está relacionado aos seus ancestrais, que vieram do deserto. “Essa concentração de urina, somada à baixa ingestão de água, propiciam a formação de cálculos urinários e, consequentemente, pode levar à insuficiência renal.”

Check-up é crucial para diagnóstico precoce

Por todos esses fatores apresentados, é de fundamental importância levar os gatos para consultas e exames de rotina, principalmente os idosos, por terem a saúde mais debilitada. Pacheco alerta que fazem parte desse check-up o hemograma e avaliação das funções hepática e renal.

“Para o diagnóstico precoce, devem ser feitos também exames de urina, ultrassonografia abdominal e pressão arterial, essenciais para identificar a doença na fase inicial”, enfatiza o médico-veterinário, apontado alguns marcadores da taxa de filtração glomerular como recurso adicional na detecção da doença.

Profissionais orientam como proteger seu gato dos problemas renais:

1- Disponibilize água à vontade. Mantenha mais de uma vasilha pela casa e troque a água pelo menos duas vezes ao dia. A disponibilidade de água fresca estimula o animal a bebê-la;

2- Não ofereça ração de baixa qualidade. As rações são suplementadas com vitaminas, minerais e aminoácidos. A deficiência destes nutrientes pode futuramente sobrecarregar os rins;

3- Mantenha uma caixa de areia para cada felino. Isso impede que um deixe de urinar por questões comportamentais, relacionadas à presença do outro gato;

4- Leve o pet para check-up semestral. Muitas doenças renais são secundárias, outras, patológicas. O diagnóstico precoce sempre será a melhor forma de prevenção;

5- Não baixe a guarda com os cuidados básicos. É preciso manter a vacinação anual em dia, assim como a prevenção contra parasitas, como pulgas, carrapatos e vermes.

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