Na última semana, quando foi celebrado o Dia Mundial do Rim, abordamos a importância da prevenção e diagnóstico precoce de Doença Renal Crônica (DRC) em cães e gatos. As medidas nesse sentido, porém, não devem se limitar aos pacientes. Isso porque a DRC também é silenciosa em humanos e, portanto, pode afetar os médicos-veterinários e zootecnistas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), os principais fatores de risco estão relacionados ao estilo de vida das pessoas. “Os quadros que mais contribuem para doenças renais são diabetes, hipertensão, obesidade e sedentarismo”, comenta Osvaldo Merege, nefrologista e vice-presidente para a região Sudeste da SBN
O nefrologista enfatiza ainda o uso indiscriminado de antiinflamatórios como outro fator de alto risco, pela toxidade, para os rins. O Censo da SBN mostra que, atualmente, mais de 126 mil pacientes sofrem com DRC no Brasil. “Desses, 24% aguardam transplante de rim”, frisa Merege.
Segundo o Ministério da Saúde, tem sido registrada crescente prevalência da doença, com alta mortalidade e elevados custos para os sistemas de saúde. O Censo indica que pessoas entre 45 e 64 representam 42,6% dos casos e, as de 20 a 44, 21,9% do total de casos de DRC.
Prevenção
De acordo com Merege, a prevenção para a saúde dos rins se por meio de alimentação saudável, exercícios físicos regulares, bem como pelo controle contínuo de peso e dos parâmetros, em caso de pacientes diabéticos ou hipertensos.
“Também é indicado o controle, pelos menos anualmente, com exames simples, como creatinina e urina tipo I”, afirma Merege. Ele explica que algumas alterações nesses laudos já podem indicar sinais precoces da doença.
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