Ao encontrar um estabelecimento com produtos ou estruturas físicas que não atendem às condições sanitárias básicas, em primeiro lugar, não compre nada. Em segundo lugar, é importante abrir uma denúncia na Vigilância Sanitária. Alimentos de origem animal fora das condições e dos protocolos de qualidade oferecem riscos à saúde pública.
Um exemplo de risco é a presença de agentes como a salmonela, “uma bactéria que pode causar desde uma simples diarreia até sequelas mais graves, como problemas de articulação”, explica o médico-veterinário Daniel Bertuzzi, membro da Comissão Técnica de Alimentos do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP).
O médico-veterinário explica que as denúncias realizadas são anônimas, garantindo o poder de participação da população na fiscalização de produtos e estabelecimentos irregulares. “Somente pela denúncia podemos evitar que esse tipo de estabelecimento funcione irregularmente. Desta forma, você ajuda sua comunidade”, enfatiza Bertuzzi.
Integridade dos alimentos também depende do consumidor
Não basta a preocupação com a aquisição de produtos de qualidade, o consumidor também deve tomar algumas medidas de precaução que começam ainda no mercado. Durante as compras, alimentos que precisam de refrigeração devem ser colocados por último no carrinho e as compras não devem ficar muito tempo no automóvel, em especial nos dias mais quentes.
Considera-se que duas horas é o prazo máximo de segurança para que a carne fresca ou congelada fique em temperatura ambiente sem comprometer sua qualidade. Chegar em casa com uma ave ou carne que somente será consumida na ceia é uma responsabilidade e tanto.
Multiplicação de bactérias
“Quanto mais tempo o produto ficar sem a refrigeração adequada, maior a chance de perder qualidade e de se tornar cenário ideal para a multiplicação das bactérias, capazes de deteriorar o alimento e causar danos ao nosso organismo”, orienta o médico-veterinário Ricardo Calil, presidente da Comissão Técnica de Alimentos, do CRMV-SP.
Outro cuidado para evitar intoxicações, é com o armazenamento das sobras. “É importante que ao término das refeições, os alimentos que necessitem de refrigeração sejam guardados na geladeira ou congelados em pequenas porções”, orienta Calil.