Os produtores de frango do Brasil terão que trabalhar muito para conseguir
convencer os governos da Argélia e da Líbia a reduzir as tarifas de
importação. Nestes países, o frango é produzido em larga escala para
abastecer o mercado interno e os governos dão subsídios aos produtores.
O
representante da Sadia em Dubai, Nicolas Daher, que acompanha a delegação brasileira de
empresários em visita ao norte da África para estreitar as relações
comerciais com o Brasil, reconhece que o caminho é difícil, mas diz que os
produtores e distribuidores de frango brasileiros vão continuar as conversas.
"Além da vontade de exportar, estamos oferecendo consultoria para
melhorar a qualidade do frango produzido na Líbia e na Argélia, mas, por
enquanto não obtivemos sucesso", disse ele.
Após participar de seminário entre empresários brasileiros e argelinos, hoje
(27) em Argel, capital da Argélia, o ministro da Indústria e Promoção dos
Investimentos da Argélia, Abdel Hamid
Temmar, praticamente descartou a possibilidade do governo argelino reduzir as tarifas para que os
brasileiros possam exportar seu frango. "Cada vez que um país exporta,
sempre pede a supressão dos direitos alfandegários, mas a Argélia não importa
carne branca do Brasil e de nenhum outro país. Já importamos carne bovina de
vocês e o desejo atual é de transferir tecnologia com o cruzamento de raças
que possam sobreviver nas terras da Argélia. O fato de importar carne branca
é positivo para a Argélia, porque queremos reduzir nossas importações, disse Adbel Temmar.
Fonte: Site Safras &
Mercados, acesso 28/01/2009