Uso de animais em pesquisa é defendido na abertura da Fesbe 2010

Começou nessa quarta-feira (25) a 25ª Reunião da Federação das Sociedades de Biologia Experimental, em Águas de Lindóia (SP). Na conferência de inauguração do evento, foi exibido um vídeo da campanha do Ministério de Ciência e Tecnologia sobre o uso de animais em pesquisas científicas.

Segundo o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), Marcelo Morales, ainda é preciso um trabalho muito grande para conscientizar a população brasileira da importância da prática.

“O trabalho é importante, uma campanha nacional, e deve esclarecer a importância da experimentação em animais para estudo de patologias em humanos e animais. Haverá também uma campanha de base com cartilhas em escolas públicas para os estudantes terem contato com a cultura científica e o uso de cobaias”, ressalta Morales.

A campanha conta com atores que apresentaram doenças curadas com o emprego de técnicas testadas anteriormente em animais.

Participação de jovens cientistas

Com 17 conferências, 59 módulos temáticos ou simpósios e 13 cursos apresentados até sábado (28), a reunião deste ano contará com 2,1 mil participantes. Segundo a primeira secretária geral da Fesbe, Catarina Segreti Porto, a participação maciça de jovens cientistas é um dos destaques. Os estudantes de iniciação científica respondem por 44% dos participantes e os mestrandos e doutorandos, 42%.

Durante o evento, serão mostrados 1.603 painéis, frutos de trabalhos realizados por iniciantes na vida acadêmica e que representam a primeira oportunidade de diálogo entre a velha guarda da ciência brasileira presente no evento e os jovens pesquisadores. Quase todos os resumos submetidos foram aceitos, com exceção de 48 recusados, totalizando 1.651 painéis analisados.

Para o presidente da Fesbe, Luiz Eugênio Araújo de Moraes Mello, o número de jovens cientistas destaca a força da Federação. “São poucos os congressos no Brasil nos quais a discussão de painéis é feita com tanta riqueza de detalhes. Um conjunto de pesquisadores vai, obrigatoriamente, a cada um dos painéis expostos para discutir os dados, a interpretação e os desdobramentos futuros”, diz.

Distância dos pesquisadores experientes

Na presença do presidente da American Physiological Society, Peter D. Wagner, Mello não deixou de lembrar a dificuldade de contar com pesquisadores mais experientes em congressos nacionais.

“Esse é o foro privilegiado no qual todo cientista brasileiro atuante na área deveria estar presente para discutir seus resultados”, afirmou Luiz Eugênio. “É da interação entre os segmentos mais jovens com mais experientes da nossa ciência que a ‘passagem do bastão’ será feita.”

O intuito do presidente da Fesbe foi alertar a platéia que assistia à inauguração, composta por muitos jovens, da importância de retornar ao evento. “Faz toda a diferença do mundo estar aqui”, afirma.

Fonte: G1 (acessado em 26/08/10)

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