Cirurgia devolve visão a animais com catarata

Certo dia, a brincalhona Íris, uma cachorrinha da raça poodle, começou a cair da poltrona em que costumava brincar e a se bater nos móveis da casa. Desconfiada, sua dona Daisy Endler passou a prestar mais atenção aos movimentos da pequenina, até que resolveu levá-la à veterinária. Íris passou por exames de rotina, testes específicos e foi diagnosticada catarata no olho direito.

Quando tudo começou, em 2007, a cachorrinha tinha apenas três anos e era considerada nova demais para ser acometida pelo problema, mesmo sendo de uma raça em que a doença é comumente diagnosticada.

Para corrigir o problema, Íris teve que passar por um procedimento de nome complicado, a facoemulsificação, com implante de lentes intraoculares. Esse procedimento cirúrgico, considerado novo, permite a correção da doença e o sucesso no pós-operatório é de 95% dos casos. Porém, diferentemente de Íris, nem sempre os donos percebem o problema a tempo e, quando se dão conta de que há algo errado, a doença já tomou cerca de 60% da visão do bichinho.

Sinais

O médico veterinário do Hospital São Bernardo João Alfredo Kleiner, especializado no procedimento, conta que o sinal mais comum da doença é a perda progressiva da acuidade visual, ou seja, a nitidez ao enxergar um objeto.

“Os animais afetados pela doença perdem a noção de movimento. Não conseguem acompanhar uma bolinha lançada pelo dono, por exemplo”, diz ele.

A hereditariedade, segundo Kleiner, é a causa mais comum. “É possível também que inflamações, traumas, doenças da retina e até a diabete sejam responsáveis pela catarata”, completa.

Diagnóstico precoce

Segundo o médico, é importante observar sempre os olhos do animal, que às vezes apresentam vermelhidão, lacrimejamento excessivo e aversão à luz. “Nesses casos, é necessário o acompanhamento médico, porque é um sinal de inflamação intraocular, geralmente ocasionada pela catarata. O diagnóstico eficaz faz a diferença”, afirma Kleiner. Como não há formas de prevenir, a cirurgia é a única solução para o problema.

Cirurgia

Os resultados do procedimento são percebidos logo nos primeiros dias. A recuperação leva até 30 dias e, durante esse tempo, é necessário o uso de colírios específicos recomendados pelo médico veterinário. Além disso, nos 15 primeiros dias, é preciso usar um colar elisabetano para proteger a área da cirurgia. “Cuidamos da Íris durante um mês para a recuperação definitiva. No começo, precisávamos ajudá-la até a comer, mas o resultado foi satisfatório”, afirma a dona.

Fonte: Anda (acessado em 12/01/11)

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