Universidades brasileiras desenvolvem fábrica de clones

Embora a clonagem já seja realizada com facilidade pelos pesquisadores brasileiros, o grande número de anomalias em animais clonados impede o aperfeiçoamento da técnica, já que a morte de um animal dificulta a evolução das pesquisas. Para garantir e aprimorar a técnica no Brasil, a Universidade do Norte do Paraná (Unopar) firmou uma parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e a Universidade de São Paulo (USP) para produzir clones de animais bovinos em série.

Os estudos, com investimento estimado em R$ 2,5 milhões, estão sendo conduzidos pelo biólogo e doutor em produção animal Paulo Roberto Adona, com o apoio da equipe formada por professores de medicina veterinária da Unopar, na fazenda experimental da universidade, em Tamarana (PR).

A UFPA, por meio dos idealizadores do projeto Otávio Ohashi e Moysés Miranda, e a USP, apoiada pelos professores Eduardo Birgel Junior, Luciano Andrade Silva e Maria Angélica Miglino, oferecem o conhecimento técnico na área. A Unopar cedeu instalações, equipamentos e profissionais especializados.

Embora o estudo seja recente, os coordenadores do projeto garantem já ter visto alguns resultados. “Podemos afirmar que o grande diferencial da nossa pesquisa é a alta taxa de prenhez e nascimentos em relação às transferências que realizamos. Estamos conseguindo evoluir”, revela Paulo Adona.

Os primeiros clones do Brasil das raças girolando e bangus foram realizados pela equipe de alunos, professores e cientistas das universidades parceiras. As clonagens deram início à fábrica de clones em setembro de 2009. A primeira a ser clonada foi Canjica, uma vaca bangus, campeã Nacional da Feicorte em 2007. Logo depois, os pesquisadores se concentraram na clonagem do touro Irã, um reprodutor girolando.

Processo de clonagem

O processo de clonagem pode ser natural ou artificial. Naturalmente, ele ocorre em plantas, bactérias e no nascimento de seres humanos gêmeos univitelinos. Artificialmente, a técnica consiste em um método científico que produz cópias geneticamente idênticas sem a inseminação do espermatozóide no óvulo.

A clonagem artificial pode ser realizada a partir de células somáticas, que formam órgãos, pele e ossos, ou de células mamárias, como no caso da ovelha Dolly, primeiro clone anunciado no mundo.

Na Unopar, os cientistas retiraram fragmentos da pele da base da cauda dos animais para obtenção das células a serem clonadas. O processo começa com o transplante do núcleo dessas células para os óvulos escolhidos.

Estimulados com eletricidade, o óvulo e o material transplantado se fundem, iniciando a divisão celular até formar, sete dias após o transplante do núcleo, um embrião com o genoma do animal doador das células. O embrião, assim obtido, é inserido no útero de vacas que servem como barriga de aluguel.

Fonte: Jornal de Uberaba (acessado em 09/02/11)

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