Procedimentos veterinários e alimentação para animais acompanham o nível disponível para humanos

Desde que se tornaram parte da vida de muitas pessoas e até mesmo de famílias inteiras, cães e gatos de estimação passaram a ter inúmeras regalias, o que fez crescer o mercado de pet shops por todo o País. No esteio desse crescimento, veio também a evolução na medicina veterinária, que, atualmente, acompanha de perto o nível da medicina praticada em humanos. Desde tomografias computadorizadas, passando por tratamentos de hemodiálise e de diabetes, com aplicação de insulina, procedimentos que são conhecidos de uma forma geral por serem destinados aos seres humanos atualmente encontram-se disponíveis para quem queira dar os devidos cuidados médicos ao cão ou gato de estimação.

Também é possível prevenir muitas doenças com tratamentos e alimentação especializada, de uma forma muito parecida com a utilizada para homens e mulheres. Rações para cães com predisposição para problemas renais, em especial as que são indicadas para o tratamento de insuficiência do órgão, estão entre as mais vendidas. Para o cão obeso, há alimentação “light” e acompanhamento especializado, com direito a uma dieta específica e tudo mais. Esses são apenas alguns exemplos do crescimento do mercado pet em associação com a medicina veterinária nos últimos 20 anos.

Considerado um mercado promissor nas duas áreas, Natal (RN) vem recebendo seguidos investimentos no setor de cuidados aos animais de estimação, mas ainda está atrasada em relação a muitas cidades. “Vim para cá sabendo que é um mercado que promete bastante. Mas, vejo que, por exemplo, Natal ainda está uns dez anos atrás de Porto Alegre (RS), que eu conheço bem”, afirma a médica veterinária Débora Pinto, que há quase 20 anos trabalha no cuidados dos pequenos animais, dos quais sete em terras potiguares.

Com a constante e cada vez mais crescente procura por animais, que por muitas vezes servem para suprir a carência nas relações sociais, o cuidado inspirado aos companheiros cresce. A procura por veterinários vem nessa leva. “Realizo vários atendimentos, seja para tratamentos ou para acompanhamentos, como dietas. Isso tem um custo alto, não é todo mundo que pode pagar, infelizmente”, explica Débora, formada em veterinária no Rio Grande do Sul em 1992. Para tratamento de insuficiência renal, por exemplo, há rações destinadas a cães de pequeno porte que podem ultrapassar o custo de R$ 70 o quilo.

Mais comuns entre cães e gatos idosos, a insuficiência renal nos pets aflige donos e veterinários. A percepção dos sintomas, no entanto, é fácil para quem acompanha de perto seu companheiro. “O dono que está próximo do animal, que o conhece, irá perceber que o animal está doente. Ficar quieto, sozinho pelos cantos, sem comer são fortes indicativos de que o animal está doente”, diz a veterinária.

Mas não é só a idade que influencia na facilidade dos animais para adquirirem certas doenças. Ser de uma determinada raça ou até mesmo o tamanho do pelo dos gatos, por exemplo, favorece a aparição de doenças. “A raça shih tzu tem uma imensa facilidade de sofrer com problemas nos rins. Já o boxer adquire tumores com maior incidência do que as outras raças. Gatos de pelo longo têm muitos problemas de pele, especialmente a aparição de fungos, enquanto os de raça persa também sofrem bastante com insuficiência renal, chegando a atingir o patamar de 70% dos animais”, afirma a especialista.

Segundo ela, a incidência de boa parte dessas doenças vem por meio de transmissão genética, o que complica a prevenção. “A solução seria afastar os animais com problemas, não deixando que eles se reproduzam. Mas é muito difícil que as pessoas façam isso, ninguém quer isolar seu animal”, comenta a veterinária.

As pesquisas sobre as doenças nos animais seguem em ritmo acelerado, assim como as pesquisas com humanos. Na área de células-tronco, por exemplo, já existem estudos sobre o uso em animais. Em algumas cidades do Brasil já se fazem cirurgias bariátricas (diminuição de estômago) para cães e gatos obesos. Cada vez mais rápido, cães, gatos e o homem tornam-se mais próximos, em todos os sentidos.

Fonte: Diário de Natal (acessado em 17/10/2011)

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