A carne de frango é a que mais tem se valorizado em novembro, conforme pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Apesar da alta neste mês, a diferença entre os valores dessa proteína e das concorrentes suína e bovina segue elevada. Na terça-feira (11/11), no atacado da Grande São Paulo, o frango resfriado inteiro teve média de R$ 3,76/kg, a carcaça comum suína, de R$ 7,46/kg e a bovina, de R$ 9,16/kg. A carne suína, portanto, custa quase o dobro da de frango, 98% a mais, e a bovina está cerca de 150% mais cara.
Conforme pesquisadores do Cepea, essa diferença foi atingida porque, nos últimos meses, as carnes suína e bovina tiveram reajustes bem maiores que a de frango. Entre 29 de setembro e 11 de novembro, a carne bovina teve ganho de 16%, a suína de 16,2% e a de frango, 3,9% no atacado da Grande São Paulo.
Com o frango relativamente mais barato, muitos consumidores têm optado por esta carne, o que ajuda na valorização recente. As exportações de carne de frango in natura também têm favorecido os vendedores do setor. Em outubro, o volume (329,7 mil toneladas) foi 3% maior que o embarcado há um ano e, na parcial do segundo semestre, chega-se à maior quantidade já exportada neste período (jul-out), totalizando 1,3 milhão de toneladas, aumento de 7,4% em relação a 2013 – dados da Secex.
No caso da carne suína, a valorização tem sido motivada pela baixa oferta de animais para abate e pelas exportações também crescentes. Em outubro, foram enviadas 43,6 mil toneladas de carne in natura em outubro, o maior volume mensal deste ano, 21,3% superior ao de setembro, mas ainda 3% abaixo do de outubro/13, segundo a Secex. Além da menor oferta mundial de carne suína, em decorrência de problemas sanitários, o redirecionamento das compras por parte da Rússia, que embargou as importações do produto dos EUA e das Europa, reforça os embarques brasileiros.
Fonte: Avicultura Industrial