Setor pet espera aumento de 7,4% até o fim de 2015, mas não sem efeitos da crise

Previsões da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet, São Paulo/SP) indicam que, em 2015, o setor atingirá R$ 17,9 bilhões em faturamento, um aumento de 7,4% sobre 2014. Entretanto, a projeção da produção de pet food deve sofrer queda de 8 mil toneladas (0,32%). Esse número não impede o crescimento estimado em 2,78%, o que significam 2,5 milhões de toneladas de alimento completo industrializado.

Os dados foram contabilizados até setembro deste ano. As exportações também foram afetadas. O setor deve encerrar 2015 com queda de 17,2% no seu faturamento internacional. A entidade prevê que negócios com mercados exteriores, que estavam em ascendência nos últimos dois anos, devem deixar de faturar os US$ FOB 497,4 milhões previstos e chegar aos US$ FOB 411,6 milhões.

Para a Abinpet, um dos maiores entraves ainda enfrentados é a carga tributária sobre o setor, que prejudica mais as classes C, D e E, nova frente consumidora responsável por impulsionar o mercado do alimento industrializado e, em decorrência, por 60% da arrecadação. A cada R$ 1 pago, R$ 0,50 são tributos como IPI, ICMS-ST, Pis/Cofins. Isso faz dos impostos 67% do faturamento do setor. Entre os efeitos negativos do elemento tributário está a incapacidade de suprir toda a demanda do País.

O Brasil tem uma demanda calculada em 7,3 milhões de toneladas de pet food, mas consegue abastecer o mercado com 2,5 milhões de toneladas, 34,5% do total ideal. Por isso, existe ainda um potencial de consumo de 4,8 milhões de toneladas. Segundo o presidente-executivo da entidade, José Edson Galvão de França, de maneira geral, o mercado pet registra alguns crescimentos, mas isso não reflete necessariamente um desenvolvimento real do setor.

“Nos últimos anos, vimos a evolução da relação entre os seres humanos com seus pets e há um reconhecimento dos benefícios dessa interação para a saúde de ambos. Os animais de estimação são vistos hoje como parte da família e ninguém deixa um ser que ama sem itens fundamentais, como comida, banho, vacinas, etc”, afirma. Galvão de França também elenca os ingredientes presentes na ração, que sofrem com ajustes inflacionários.

“A composição desses alimentos é 95% de matéria-prima agropecuária, com elementos como milho, soja, arroz, trigo e carnes de aves, bovinos e peixes. O aumento do preço dessa matéria-prima acaba impactando no custo do produto, que precisa ser repassado ao consumidor final. Pode-se dizer que o crescimento do setor reflete uma pesada carga tributária e um aumento do custo da matéria-prima, que são repassados ao consumidor. É isso que realmente faz com que os números do setor registrem aumento”.

Fonte: Abinpet e Revista Cães&Gatos.

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