Protocolo divulgado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) recomenda como norma de biosseguridade a prática do alojamento “todos dentro, todos fora”, em que as instalações são ocupadas por aves do mesmo lote e desocupadas totalmente no momento do abate. A prática garante a higienização adequada do aviário e a recuperação das instalações e equipamentos antes da entrada do próximo lote.
Embora o Brasil não disponha de norma específica que determine a densidade animal nos galpões de produção, o médico-veterinário Ariel Antonio Mendes, diretor de Relações Institucionais da ABPA informa que a prática tem sido de 34kg/m2. O índice está dentro dos padrões difundidos pela União Europeia, que estabelece de 33 a 39 kg/m2, dependendo das condições de climatização.
Um “tendão de Aquiles” na avicultura
O ponto sensível da cadeia está no transporte das aves até o local de abate. “Não se pode desconsiderar essa etapa, já que a perda de peso, mortalidade e lesões desclassificam as carcaças no processo de abate”, analisa o médico-veterinário.
Para atenuar o problema, a indústria vem investindo em treinamento de apanha, modelos mais modernos de caminhões e estudos que buscam minimizar problemas causados por estresse térmico. Além disso, a ABPA recomenda que a distância entre a avícola e a indústria não supere os 80 km. “Precisamos avançar mais, já que as condições do clima e das estradas no Brasil não favorecem o transporte nos moldes desejados”, conclui Mendes.