A parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e a Associação Brasileira das Empresas de Genética Suína (ABEGS) inaugurou, no dia 14/4, o setor de Suínos da Estação Quarentenária na Ilha de Cananeia (EQC), do Mapa, no Litoral Sul de São Paulo, que será o único ponto de entrada de animais vivos importados pelas empresas de genética suína no país.
“É uma parceria exemplar já que, depois do primeiro contato do Mapa, fomos prontamente atendidos pela ABEGS e, em cerca de um ano e meio, concluímos esta estrutura excelente. É uma conquista grande, pois temos ainda mais segurança para que todas estas doenças que atacam outros países não cheguem ao plantel brasileiro e possam prejudicar nossa Suinocultura”, comentou o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.
O representante da ABEGS, Daniel Bruxel, contou que a ABCS entrou em contato e a demanda foi prontamente atendida pela importância do projeto. “A ABEGS foi procurada pelo presidente da ABCS e todas as empresas de genética apoiaram prontamente. Foi uma decisão acertada, pois concentrar a importação em um só lugar com a supervisão do Ministério torna o processo mais seguro e eficiente”, analisou.
“A EQC é a única estação quarentenária do Brasil e tem padrões de controle de biosseguridade para importação de animais entre os melhores do planeta. Aqui, nós isolamos os animais importados e fazemos os testes para ter controle sanitário de alto rigor e, assim, evitar a transmissão de doenças internamente no país”, explica o chefe do serviço quarentenário de Cananéia, Odemilson Donizete Mossero.
A unidade dificulta ainda mais a chegada de doenças exóticas no país, como a Diarréia Epidêmica Suína (PEDv), que, hoje, causa grandes perdas nos EUA, para salvaguardar a biosseguridade do plantel suinícola brasileiro e evitar prejuízos econômicos e sociais para a cadeia produtiva.
Segundo especialistas, o surto da doença nos EUA trata-se de uma das epidemias mais violentas da história da suinocultura naquele país, que é o segundo maior produtor e principal exportador do planeta. Análises sorológicas indicam que cerca de 60% das matrizes estão contaminadas pelo vírus e estima-se que possam haver até 15% de queda na produção estadunidense.
A suinocultura brasileira mobiliza-se para evitar a chegada do vírus e deverá ter o nível máximo de rigor nos procedimentos de biosseguridade durante os próximos meses e, especialmente, com visitantes estrangeiros que queiram conhecer granjas de suínos durante a Copa.
Fonte: Portal do CFMV.