Com três mil casos notificados de janeiro até agora, a epidemia de dengue já matou sete pessoas em Jaú, no interior de São Paulo. Entre os doentes, estão 85 funcionários da Santa Casa de Jahu, incluindo 25 médicos, que deixaram o serviço para se tratar, em alguns casos, da forma hemorrágica da doença.
O hospital, que é referência em 12 municípios da região, sente os efeitos da epidemia, que desfalcou o corpo de médicos e enfermeiros e aumentou os gastos com pessoal. De acordo com o centro médico, o afastamento dos 85 funcionários levou à sobrecarga de outros profissionais, que tiveram de trabalhar horas extras para suprir a falta dos colegas, causando um ônus de R$ 64 mil.
“Além disso, o nosso pronto-socorro, que geralmente atende cerca de 350 pessoas por dia, está atendendo 500 doentes diariamente, por causa da epidemia”, afirmou o chefe do pronto-socorro da Santa Casa, João Carlos Miranda de Almeida Prado. Segundo ele, a situação é inédita.
“A dengue afetou todas as classes sociais e conturbou o atendimento da saúde de modo em geral”, completou Almeida Prado. Além de aumentar filas nos serviços de saúde, a epidemia também causou desfalques no comércio e na indústria da cidade, cujos funcionários foram obrigados a pedir afastamento do trabalho.
No início de abril, três idosos tiveram a causa da morte confirmada pela doença. Em março, um homem de 58 anos já tinha morrido em consequência da doença. Até ontem, 3.056 pessoas tinham sido contaminadas pela dengue no município.
Após São Paulo passar por um surto de dengue nas últimas semanas, registrando 3.730 notificações, mais do que o dobro do ano passado inteiro, a epidemia diminuiu na 17.ª semana de 2014, conforme balanço da Secretaria Municipal de Saúde divulgado no dia 2.
Na primeira semana de abril, foram registrados 804 casos, enquanto na última semana, de acordo com o balanço da pasta, 14 foram notificados. Durante o pico da doença, a Prefeitura chegou a responsabilizar o problema na capital ao surto vivido na região de Campinas.
Fonte: Portal do CFMV.