CRMV-SP publica “Panorama dos Cursos de Zootecnia do Estado de São Paulo”

Lançamento acontece durante o II Encontro de Coordenadores organizado pelo Regional
Texto e foto: Comunicação/CRMV-SP Foto: Mockup do Panorama

O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), por meio de sua Comissão Técnica de Zootecnia e Ensino (CTZE), divulga o “Panorama dos Cursos de Zootecnia do Estado de São Paulo”. O lançamento ocorre hoje (28/06) durante o II Encontro de Coordenadores de Cursos de Zootecnia, na sede do Regional em São Paulo. O levantamento oferece uma visão abrangente sobre a educação da Zootecnia no estado, constituindo um instrumento importante para orientação de jovens que buscam ingressar na carreira, assim como para reflexão dos docentes e coordenadores.

Entre os principais aspectos abordados estão: caracterização dos cursos de Zootecnia no Brasil e em São Paulo, perfil estatístico do ensino de graduação em Zootecnia no estado de São Paulo, infraestrutura para a oferta dos cursos de Zootecnia, corpo docente e coordenação, e visão de futuro quanto a graduação e à profissão. O panorama traz, ainda, os melhores momentos do 1º Encontro de Coordenadores de Cursos de Zootecnia e o registro fotográfico das visitas realizadas às instituições de ensino superior (IESs) para o desenvolvimento do Panorama.

Segundo a integrante da CTZE, Célia Regina Orlandelli Carrer, era necessário fazer um levantamento para conhecer como se encontra o ensino contemporâneo da Zootecnia, já que os dados anteriores eram do início da década de 2000. “Leiam e reflitam sobre as questões que estão colocadas no Panorama, porque elas dão uma boa indicação de como é possível pensar o ensino da Zootecnia para os próximos 10 anos. Para os professores, também, porque o panorama fornece um bom indicativo de como estão sendo pensadas as matrizes curriculares, as disciplinas que são oferecidas no curso, assim como as necessidades de adaptações para atendimento das Diretrizes Curriculares Nacionais, que estão completando 18 anos”, destaca.

O presidente da CTZE, Celso da Costa Carrer, ressalta que existe atualmente um reconhecimento muito maior do papel do zootecnista na cadeia do agronegócio. “Isso deixa a gente muito contente e satisfeito, embora saibamos que existem uma série de questões em que é preciso continuar trabalhando para melhorar cada vez mais o ensino. Ao mesmo tempo, há também os desafios do ponto de vista da própria geração, que não pode ser formada com o mesmo método que a gente foi. É necessário estar sempre se atualizando, e, por isso, essa discussão com os coordenadores e docentes responsáveis pelas comissões coordenadoras dos programas é muito salutar e importante”, enfatiza.

Mudanças

Célia destaca algumas mudanças que estão ocorrendo nos cursos. “Há aspectos bastante interessantes, como, por exemplo, uma tendência de curso de Zootecnia não mais em período integral, mas em período parcial e aulas noturnas, o que era um dos tabus que tínhamos a anos atrás.”

O oferecimento do curso noturno, explica Célia, já é uma tendência. “É a saída que tem se encontrado em várias instituições privadas e essa discussão começa também nas públicas. A grade curricular é feita buscando absorver um público trabalhador, que já atua no setor e precisa de um aprimoramento técnico para a evolução da carreira.”

O membro da CTZE, Luiz Marques da Silva Ayrosa, detalha alguns aspectos sobre essa tendência. “As práticas são feitas durante o período noturno e também no final de semana para absorver esse público. Acho que isso foi uma descoberta interessante”, comenta.

Aproximação com as IESs

A integrante da CTZE, Silvia Robles Reis Duarte, destaca a receptividade dos coordenadores de cursos com a Comissão. “Visitamos diferentes cidades, e os cursos nos permitiram essa aproximação. Foi muito importante ouvi-los e eles também estavam muito abertos a nos ouvir. Houve uma troca de experiências com as coordenadorias dos cursos para melhorar a formação destes novos profissionais.”

Para integrante da CTZE, Thalita Oliveira Cucki, a Comissão está atuando de maneira muito séria pela educação. “A nossa presença nas IESs foi muito positiva, porque o Conselho até então estava muito distante do dia a dia das instituições. Foi uma grata surpresa em todas as visitas sermos muito bem recebidos, e nós também chegamos com essa disposição, sem estarmos na defensiva, sem julgamentos, buscando as parcerias e mostrar que o Conselho também as escuta.”

Empregabilidade

Segundo o presidente da CTZE, os encontros foram uma oportunidade de conversar não só com os coordenadores mas também com professores, alunos e dirigentes dos cursos de Zootecnia. “Durante as conversas, tivemos depoimentos de vários colegas sobre o grau de empregabilidade que os alunos estão tendo junto ao mercado. Com o conhecimento muito maior do papel do zootecnista na cadeia do agronegócio, há uma taxa de sucesso de colocação desses alunos no mercado, de uma maneira muito marcante. Isso traz a necessidade desse profissional que ingressa no mercado ir para as fronteiras de trabalho, e o zootecnista tem assumido essa missão, de ir para outros estados onde a pecuária, a suinocultura e a avicultura estão muito fortes.”

Celso Carrer destaca, ainda, as novas fronteiras agrícolas que estão sendo ocupadas por estes profissionais. “O zootecnista tem desbravado de uma maneira muito positiva, junto ao mercado, posições de destaque dentro das empresas, não só no elo produtivo mas em todos os elos da cadeia”, ressalta Carrer.

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