CRMV-SP realiza o III Encontro de Coordenadores de Cursos de Medicina Veterinária

Evento reuniu 66 participantes, entre coordenadores e representantes de conselhos regionais de outros estados
Texto e fotos: Comunicação CRMV-SP

Na última sexta-feira (26/04), o III Encontro de Coordenadores de Cursos de Medicina Veterinária, organizado pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), por meio de sua Comissão Técnica de Educação, reuniu no auditório da sede, na capital paulista, 66 participantes, de 41 instituições de ensino superior (IES), além de representantes de conselhos regionais do Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.

Uma oportunidade de qualificação para coordenadores e gestores de cursos superiores e de aproximação dos profissionais com a autarquia, esta edição do Encontro inovou com o Café e Prosa, que aconteceu em dois momentos do dia, promovendo momentos de networking e a troca de experiência entre os participantes.

Na abertura, o presidente do CRMV-SP, Odemilson Donizete Mossero, falou da honra de estar na terceira edição do Encontro, seguindo a premissa de sua gestão de promover a aproximação do Conselho com os profissionais e com as instituições de ensino sempre em prol de uma educação de qualidade para os futuros médicos-veterinários. “Com palestrantes de alto nível, o evento está sendo um aprendizado e um motivo de orgulho, pretendemos que o Encontro de Coordenadores seja uma marca de nossa gestão, que promova a melhoria da nossa profissão, dos futuros profissionais e um bem para a sociedade.”

O presidente do CRMV-SP ressaltou, ainda, que, em breve, será publicado o Guia de Processos Éticos, trazendo a análise de casos reais, que poderá ser usado por coordenadores e professores das Instituições de Ensino Superior (IESs), em sala de aula. “A publicação será um instrumento para auxiliar na formação e preparar ainda mais os profissionais para os desafios do mercado de trabalho.”

Agradecendo a presença dos membros da Diretoria, conselheiros e integrantes da organização, o presidente da Comissão Técnica de Educação do CRMV-SP, vice-presidente do Regional e coordenador de curso na Universidade de Marília (Unimar), Fábio Manhoso, deu as boas-vindas a todos, dizendo que o Encontro tem o intuito único de discutir a qualidade de ensino da Medicina Veterinária no Estado e juntos aos coordenadores de IESs somar forças para que a formação do médico-veterinário tenha cada vez mais qualidade.

“Esta gestão desenvolveu a cultura de que o Conselho e os cursos de Medicina Veterinária e também de Zootecnia podem e devem andar juntos, é uma soma de esforços nesse projeto de melhoria da qualidade do ensino e que, consequentemente, terá influência no exercício das profissões. Encontramos aqui amigos que já estiveram nos encontros anteriores, abraçaram a causa e entenderam que o CRMV-SP é um parceiro que pode auxiliá-los nas orientações técnicas, jurídicas e de extensão. Acredito que ficou plantada a cultura de que o Conselho está próximo e aberto às faculdades”, salientou Manhoso, lembrando que já está em andamento o segundo ciclo de certificação de cursos de Medicina Veterinária, outra iniciativa da gestão para incentivar a qualificação dos cursos de graduação.

Escuta ativa

Outra novidade da terceira edição, que encerrou o evento, o CRMV-SP Escuta Coordenadores foi uma oportunidade para que coordenadores de cursos fossem ouvidos e apresentassem suas demandas e sugestões à diretoria do Conselho. Assim como nas edições itinerantes do CRMV-SP Escuta, que já visitou 24 municípios do Estado até o momento, os microfones do Conselho foram abertos para que os participantes pudessem tirar dúvidas e compartilhar suas dificuldades e desafios. Entre os assuntos abordados, dúvidas sobre a contratação de RT, ensino a distância na Medicina Veterinária e matrizes curriculares.

“Consideramos fundamental essa aproximação com a classe, para isso criamos o CRMV-SP Escuta. E esse Encontro é meu xodó, porque estamos juntos às universidades e a presença de vocês coordenadores participando e entendendo o porquê de tudo isso, para nós não tem preço. O Conselho precisa contar com as universidades, não só para a melhoria do ensino da Medicina Veterinária, mas também para que os alunos participem e entendam mais o papel e a importância do Conselho para as profissões”, enfatizou Mossero.

Responsabilidade técnica nas IESs

Na primeira palestra do dia com o tema “Responsabilidade Técnica em Instituições de Ensino Superior (IES)”, o médico-veterinário Sérgio Lobato, presidente da Associação de Gestão Técnica Veterinária, abordou os desafios desta área de atuação, alertando que há médicos-veterinários em cargos de direção acadêmica e direção técnica e administrativa que, assim como outros profissionais atuam no campo, na indústria, no laboratório e na docência diretamente, não têm completa noção do que é o conceito Responsabilidade Técnica e que, portanto, não têm o conhecimento básico de como adaptá-lo e adequá-lo para a realidade das diferentes áreas da Medicina Veterinária.

“A instituição acadêmica está formando novos profissionais, então, o seu desafio vai ser pegar esse conceito básico, adequar e torná-lo extremamente prático na formação de novos profissionais, ajudando os coordenadores de curso a desenvolverem dentro de seus programas ferramentas e metodologias de ensino práticos sobre Responsabilidade Técnica”, explica Lobato.

Responsabilidade civil e ética

Na palestra “Responsabilidade civil e ética do médico-veterinário: como estamos ensinando”, Renata Arruda, advogada especializada em Direito da Medicina e Direito Veterinário, tratou da forma como os temas são tratados nos cursos de graduação e como isso pode impactar na rotina do futuro profissional.

“Nossa proposta é trazer uma reflexão sobre como a abordagem a respeito desse tema chega na formação do médico-veterinário e quais são as lacunas que exergo na minha rotina como palestrante e professora, como quem está na lida preventiva das empresas ou como procuradora de muitos profissionais em processos, e de que maneira podemos minimizar as chances de problemas judiciais e éticos na rotina de trabalho do médico-veterinário”, ressalta a advogada.

Visão sistêmica na educação

Encerrando o ciclo de palestras, “A visão sistêmica como um caminho na educação do 3º milênio”, apresentada pela médica-veterinária Carla Soares, fundadora e presidente do Programa de Formação em Medicina Veterinária Sistêmica, trouxe uma temática profundamente humanizada e inovadora a ser aplicada na educação.

“Refletimos sobre leis biológicas, sobre a vida, a morte, a antropologia, a biologia, a ciência e nossa origem familiar. Então, é uma grande honra poder compartilhar com todos os coordenadores de curso do estado de São Paulo esse tema, levando humanização para os estudantes e também para os professores”, afirmou Carla.

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