O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), Odemilson Donizete Mossero, o diretor técnico da autarquia, Leonardo Burlini, e o assessor de Gabinete para assuntos parlamentares, Olírio Salletti Lobo, estiveram, na última quinta-feira (27/04), em reunião na Subsecretaria de Estado do Meio Ambiente. Os representantes do Regional foram recebidos pelo subsecretário Jonatas Souza da Trindade e pela coordenadora de Fauna Silvestre, a bióloga Patrícia Locosque.

O encontro teve como objetivo apresentar o Conselho aos novos dirigentes e explicitar as frentes em que o Regional pode colaborar, assim como temas pertinentes e que impactam a atuação dos médicos-veterinários e zootecnistas, entre os quais a contratação de mais profissionais para atuação na pasta, a saúde única, a recente instituição da Agenda Nacional de Proteção e Defesa de Cães e Gatos pelo Ministério do Meio Ambiente e ações relacionadas a educação para a guarda responsável, identificação e controle da população de cães e gatos e incentivo à saúde animal.

 “Viemos colocar as 27 comissões técnicas do CRMV-SP a disposição. Como o Conselho é órgão também assessor, queremos colaborar com a construção de políticas públicas, inclusive participando do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) e de comissões técnicas da subsecretária”, afirmou o presidente do Regional, Odemilson Donizete Mossero.

O presidente do Conselho abordou também a evidente necessidade de atualização da legislação ambiental estadual, englobando as especificidades das atividades veterinárias, entre as quais aquelas relacionadas a descarte de resíduos.

O subsecretário de Meio Ambiente agradeceu a visita e se comprometeu a avaliar a participação do Conselho em uma próxima gestão do Consema e comissões técnicas da pasta. “Esta visita veio em boa hora. Estamos em um momento importante de discussão do Plano Plurianual – PPA do Governo do Estado e já vislumbramos aqui a necessidade de envolver o CRMV-SP também nas reuniões técnicas de temas que envolvem a fauna, seja ela doméstica ou silvestre. O Conselho também será muito bem vindo para propostas de atualização da legislação”, ressaltou.

Trindade reafirmou a importância do tema e mencionou também o importante papel que os médicos-veterinários tem tido nos consórcios municipais com o objetivo de estabelecer licenciamento ambiental, compondo equipes multidisciplinares que impactam positivamente, inclusive, no desenvolvimento local.

Novos projetos

A coordenadora de Fauna Silvestre ressaltou que a subsecretaria gostaria de contar com a expertise e parceria do Conselho para assuntos relacionados à interação humana com a fauna doméstica e selvagem, educação ambiental e responsabilidade técnica, assim como em novos projetos como a política de descarte de resíduos e planos de contingência para atropelamentos de fauna e acidentes nas rodovias.

“Atualmente temos exigido nas novas concessões, a presença de um médico-veterinário nas equipes das concessionárias de rodovias, mas ainda há muito a ser aprimorado. Entre 40 a 50% da fauna atropelada em rodovias é doméstica e há muitas dúvidas quanto ao descarte, por exemplo. A compostagem, a exemplo do que é feito no Zoológico e no Jardim Botânico, possibilitaria o descarte correto e sustentável, sem impacto, e ainda a obtenção de material para pesquisas biotecnológicas e de inovação”, disse Patrícia.

O diretor técnico do CRMV-SP, Leonardo Burlini Soares, ao lado do assessor de Gabinete para assuntos parlamentares do Regional, Olírio Salletti Lobo, mencionou o potencial técnico e de contribuição das comissões da autarquia, em especial as de Médicos-veterinários de Animais Selvagens, Saúde Ambiental, Saúde Pública Veterinária, Agronegócio, Bem-estar Animal, Políticas Públicas, Resgate Técnico Animal e Medicina Veterinária de Desastres, e Saúde Animal, bem como do Grupo Técnico em Destinação de Resíduos Gerados nas Atividades Agropecuárias. “Visando cumprir nosso papel de órgão consultivo, queremos estreitar o relacionamento para antecipar questões já vislumbradas e que podem gerar projetos de lei, implementação de pautas, e construção de políticas públicas.”