Dia Mundial da Água: profissionais podem reduzir o consumo com medidas simples

Como agentes de saúde e influenciadores em suas comunidades, médicos-veterinários têm a missão de praticar o consumo consciente e promover a educação ambiental
Texto: Comunicação CRMV-SP
Foto: Pexels

A eficiência no uso dos recursos naturais é uma necessidade iminente para a manutenção de todas as formas de vida no planeta. No Dia Mundial da Água (22/03), instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), que estima que 2,1 bilhões de pessoas não têm acesso a água potável, o alerta para o consumo consciente é enfatizado.

Nesse âmbito, os profissionais têm a missão de adotar medidas no dia-a-dia dos estabelecimentos médico-veterinários, muitas vezes simples, como a dosagem para evitar desperdício de produtos de higiene e a captação ou reuso de água para limpeza de parte dos ambientes.

Esta prática está em projeto no hospital veterinário gerenciado pela médica-veterinária Cristina Batista e seus dois sócios, em Marília (SP). “Já sabemos que a estrutura do telhado está adequada e agora estamos na fase de identificar o melhor espaço para a acomodação do reservatório da água captada, que será utilizada para limpeza do canil e das áreas externas.”

Para se ter uma ideia do impacto positivo dessa iniciativa, a médica-veterinária conta que prevê uma economia de expressivos 40% no consumo mensal de água após a implantação do projeto.

Pequenas grandes ações

A presidente da Comissão Técnica de Saúde Ambiental do CRMV-SP, Dra. Elma Pereira dos Santos Polegato, ressalta a importância de projetos bem estruturados, mas lembra que ações menores devem ser valorizadas. “A utilização de dosadores para produtos de limpeza dos ambientes e de higiene no banho e tosa contribui para minimizar o consumo de água no enxágue”.

Elma sugere que os estabelecimentos substituam torneiras comuns pelas que possuem perfil de funcionamento econômico, lembrando que cada detalhe faz diferença quando o assunto é consumo consciente. “Como agentes de saúde e influenciadores em suas comunidades, adotar boas práticas e promover a educação ambiental é um papel a ser cumprido”, ressalta.

Responsabilidade

Outro aspecto crucial que está atrelado à preservação dos cursos d’água é a destinação correta de resíduos químicos. Quanto aos quimioterápicos, o médico-veterinário Rodrigo Ubukata, especialista em Oncologia e integrante do Grupo de Trabalho de Quimioterapia Veterinária do CRMV-SP, ressalta que a legislação brasileira é clara quanto aos cuidados com o descarte.

“Os produtos e tudo que teve contato durante as fases de manipulação e administração são considerados Resíduos dos Sistemas de Saúde – Grupo B (químicos), ou seja, o lixo de cor laranja”, afirma Ubukata, destacando a necessidade do estabelecimento de saúde animal ter um plano de gerenciamento de descarte de resíduos hospitalares e de prevenção de risco ambiental, conhecido como Programa de Prevenção de Risco Ambiental (PPRA), para o qual a RDC nº 33 da Anvisa, de 2003, estabelece normas.

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