Comissão de Agronegócio se reúne com representantes da CDA

Febre aftosa, inspeção de POA, descarte de resíduos, e bem-estar animal foram algumas das pautas da reunião
Texto e fotos: Comunicação CRMV-SP

A Comissão Técnica de Agronegócio do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) realizou reunião nesta quinta-feira (05/05) para discutir temáticas que nortearão os trabalhos do grupo durante os próximos anos, com a participação do coordenador de Defesa Agropecuária (CDA), Luís Fernando Bianco, e outros profissionais do órgão vinculado à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo.

Estiveram presentes os médicos-veterinários representantes de Resíduos de Produtos de Origem Animal, Willian Alves Correa, e de Bem-estar Animal, Rodrigo de Souza Ferreira, diretores do Centro de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Bruno Bergamo Ruffolo, e do Grupo de Defesa Sanitária Animal, Affonso dos Santos Marcos, e gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Paulo Roberto Blandino de Lima Dias.

O presidente do Conselho, Odemilson Donizete Mossero; a tesoureira e presidente da Comissão de Responsabilidade Técnica, Rosemary Viola Bosch; e membros das Comissões Técnicas de Saúde Animal, de Saúde Ambiental, de Bem-estar Animal e de Alimentos também marcaram presença.

Na abertura da reunião, que teve como temas febre aftosa, inspeção, descarte de resíduos das atividades agropecuárias, bem-estar animal e programas de erradicação de doenças, Mossero falou sobre a satisfação em participar do encontro. “São temas com os quais trabalhei durante 35 anos da minha vida profissional no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Por isso, é um prazer estarmos juntos para refletir sobre o que podemos fazer para melhorar.”

Fernando Gomes Buchala, presidente da Comissão Técnica de Agronegócio e secretário-geral do Conselho, iniciou a pauta com o tema febre aftosa e destacou o encontro que teve, na última quarta-feira (04/05), com ministro da Agricultura, Marcos Montes, na companhia secretário de Agricultura de São Paulo, Francisco Matturro, e do coordenador de Defesa Agropecuária.

Ainda na abertura, a tesoureira e presidente da Comissão de Responsabilidade Técnica, pediu a contribuição de todos os presentes na revisão do Manual de RT que está em andamento e exprimiu seu desejo em ver cada vez mais médicos-veterinários e zootecnitas como RT no Agronegócio.

Representação política

Luís Fernando Bianco, coordenador da Defesa Agropecuária, parabenizou a gestão atual do CRMV-SP pela aproximação com as instituições de diversas várias áreas e pela luta pelas classes (médicos-veterinários e zootecnistas), destacando que a valorização e o desenvolvimento dos profissionais também impactam positivamente nos resultados em Defesa Sanitária.

“Fomos à Brasília pedir a revisão do status sanitário de São Paulo. Com todos os investimentos na agropecuária paulista, temos que ser reavaliados. Lutamos por São Paulo e vamos continuar lutando. Até mesmo porque pontos que não foram avaliados impactaram negativamente no Agronegócio”, afirmou Bianco.

Durante o encontro com o ministro, que contou com a presença do CRMV-SP, ficou acordado que a Defesa Agropecuária paulista apresentará aos técnicos do Mapa os avanços obtidos nos últimos meses, com o objetivo de igualar o status sanitário com os demais estados do bloco IV, que obtiveram pontuação necessária para a retirada da vacinação contra febre aftosa. Para o presidente Conselho, houve importante evolução técnica do Programa de Erradicação e é preciso ampliar o trabalho político.

Modelo de Inspeção

Outro assunto em pauta foi a inspeção, abordado por Bruno Bergamo Ruffolo, diretor do Centro de Inspeção de Produtos de Origem Animal da CDA. Segundo ele, são 563 estabelecimentos registrados nas diversas categorias e apenas 35 registrados como artesanais, muito pouco diante do tamanho do setor. “É preciso regulamentação, a área mais avançada nos artesanais é a de lácteos, que deverá ter resolução até o final do ano”, afirmou.

Ruffolo disse que falta uma definição clara entre inspeção e fiscalização por parte do Mapa e comentou que “existe um modelo de inspeção, que parece bom e os estabelecimentos gostaram, em que a empresa geraria um fundo para a Defesa Sanitária, a qual seria responsável por contratar uma organização social para indicação do profissional.”

Para a médica-veterinária Masaio Mizuno Ishizuka, integrante da Comissão Técnica de Agronegócio do CRMV-SP, um modelo para inspeção deve ser planejado e testado para que se evitem problemas posteriores. “Uma nova atividade sempre deve ter um plano piloto, é extremamente necessário”, afirmou, destacando que o modelo ideal é um assunto bastante complexo e deve ser foco de ampla discussão.

Práticas sustentáveis

A presidente da Comissão de Saúde Ambiental, Elma Pereira dos Santos Polegato, falou sobre o descarte de resíduos de serviços de saúde animal, assunto de extrema importância e determinante para mitigar as interferências ao meio ambiente e suas consequências.

“Embora a legislação em vigor no Brasil também seja aplicada aos resíduos gerados pelos serviços médico-veterinários, devido à diversidade de espécies animais e atividades distintas, ela não é suficientemente clara”, afirma Elma, que também é presidente do Grupo de Trabalho de Destinação de Resíduos gerados nas Atividades Agropecuárias do Regional.

As boas práticas de destinação de resíduos é assunto frequente no CRMV-SP. Alguns trabalhos já foram realizados, como oficinas realizadas sobre o plano de gerenciamento em estabelecimentos de saúde animal. “Também produzimos adesivos com a classificação de resíduos, que foram distribuídos aos profissionais, a fim de colaborar para com a sinalização dentro dos estabelecimentos”, conta a médica-veterinária.

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