Dia Mundial Do Meio Ambiente convida profissionais à reflexão sobre compromissos em prol da Saúde Única

A Medicina Veterinária e a Zootecnia são profissões que se complementam e que estão inseridas na busca da harmonização das interações estabelecidas entre ambiente, animais e seres humanos
Texto: Prof.ª Dr.ª Elma P. S. Polegato, presidente da Comissão Técnica de Saúde Ambiental do CRMV-SP (adaptado pela Comunicação CRMV-SP)
Fotos: Adobe Stock

O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho, por coincidir com a data da realização da Conferência de Estocolmo, considerada um marco para a mudança na visão e de tratamento das questões ambientais ao redor do mundo, que estabeleceu os princípios que orientam a política ambiental do planeta.

O movimento ambientalista continuou na Rio 92 e na Rio +20, quando foram introduzidos direcionamentos mais explícitos sobre política ambiental e os conceitos de Desenvolvimento Sustentável e de Economia Verde, passaram a ser os paradigmas de mudança da economia global.

Atualmente existe grande preocupação em torno do meio ambiente e dos impactos negativos que a ação do homem pode ocasionar. A destruição constante de habitat e a poluição de grandes áreas, por exemplo, são alguns dos pontos que exercem grande influência na sobrevivência de diversas espécies.

Dentre os principais problemas que afetam o meio ambiente, destacam-se o descarte inadequado de lixo, a falta de coleta seletiva e de projetos de reciclagem, consumo exagerado de recursos naturais, desmatamento, inserção de espécies exóticas, uso de combustíveis fósseis, desperdício de água e esgotamento do solo.

Consequências das destruições ambientais

O ponto chave de toda essa problemática é que não se pode mais ignorar que o homem já vem sofrendo as consequências de todas as destruições ambientais que ele provocou: aquecimento global, enchentes, secas, tsunamis, poluição, desmatamento, incêndios florestais, extinção de espécies, doenças emergentes e reemergentes, dentre outras, por ele cometidas em nome do “desenvolvimento”.

As mudanças que ocorrem nos diversos ecossistemas do planeta têm seus primeiros efeitos negativos observados nos animais, sejam eles domésticos ou silvestres, visto que a poluição do ar e da água compromete a disponibilidade de alimentos, plantas, frutos e outras fontes nutricionais, provocando doenças respiratórias e carências metabólicas nos animais. Por essa razão o médico-veterinário tem um papel preponderante no monitoramento dos fatores ambientais que comprometem a saúde dos animais e dos seres humanos.

Harmonização das interações

A Medicina Veterinária e a Zootecnia são profissões que se complementam e que estão inseridas na busca da harmonização das interações estabelecidas entre ambiente, animais e seres humanos.

Na produção animal o manejo zoosanitário também requer cuidados especiais quanto à geração e gestão de resíduos utilizados na profilaxia animal como vacinas, antimicrobianos e outros medicamentos em geral, classificados também como resíduos de serviços de saúde animal, que devem ser tratados e destinados de maneira ambientalmente adequada, pois como em outros nichos de produção, os produtos de origem animal terão pela frente a barreira de serem produzidos de forma limpa, ou seja, sem ter causado impacto ambiental.

Portanto, além das metas de lucro, e os profissionais deverão estar conscientes e capacitados para mitigar os impactos ambientais gerados pela forma de produção animal, , trabalhando sob a ótica do desenvolvimento sustentável e buscando sempre o equilíbrio nos seus três pilares: ambiental, social e econômico.

Contribuição da ciência animal

Os profissionais da Medicina Veterinária e da Zootecnia devem considerar o manejo de resíduos no custo da matriz de produção utilizando os preceitos de redução, reutilização e reciclagem. A contribuição da ciência animal para o planeta é bem vista na pesquisa biomédica, nos programas estratégicos de proteção da saúde animal e da saúde pública e nas políticas de biossegurança alimentar que visam o incremento da oferta e da qualidade dos alimentos de origem animal.

Portanto essa área do conhecimento encontra-se numa posição única em relação ao bem-estar coletivo, pois prepara profissionais capacitados para participar da luta contra as duas maiores catástrofes da humanidade: a fome e a doença. Assim o dia 5 de junho é um momento especial para os médicos-veterinários e zootecnistas refletirem quanto aos seus compromissos profissionais, em especial o socioambiental e o sanitário, ou seja, com a Saúde Única.

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