Encontro com coordenadores de cursos discute o ensino superior da Medicina Veterinária

Evento do Conselho Regional de Medicina Veterinária ocorre na capital paulista, no Dia da Educação, e lançará o primeiro edital de sistema de certificação de qualidade para graduação
Texto: Divulgação CRMV-SP / Foto: Freepik
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Em 28/04, dia em que se celebra o Dia da Educação, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) promoverá a segunda edição do Encontro de Coordenadores de Cursos de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo, voltado exclusivamente para coordenadores de cursos de Instituições de Ensino Superior (IES), públicas e privadas. O evento ocorrerá no Mercure São Paulo Bela Vista (Rua Maestro Cardim, 407, Paraíso, São Paulo), das 8h às 17h30.

Promovido pela Comissão Técnica de Educação do Regional, o encontro marca o lançamento do primeiro edital de chamamento do Sistema de Certificação de Cursos de Graduação em Medicina Veterinária no estado de São Paulo. A certificação é voluntária e poderá ocorrer em três níveis: bronze, prata e ouro, com validade de três, quatro e cinco anos, respectivamente.

O evento faz parte das ações de aproximação e diálogo do Conselho com as IES, e visa refletir sobre o ensino da Medicina Veterinária, buscando seu aprimoramento em alto nível e disponibilizando às Instituições toda a estrutura da autarquia para esse fim.

“Queremos ouvir os anseios e necessidades dos coordenadores, compartilhar boas práticas e experiências, e assim buscar a união e o fortalecimento educacional que envolve a Medicina Veterinária”, diz o presidente da Comissão Técnica de Educação e vice-presidente do Regional, Fábio Manhoso.

Durante todo o evento, os coordenadores terão a oportunidade de se manifestarem e colocarem suas percepções sobre os assuntos debatidos e propostos.

O ensino da Medicina Veterinária em xeque

Relatório realizado pela Comissão Nacional de Educação do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNEMV/CFMV) apresenta um quadro preocupante sobre a qualidade dos cursos de graduação em Medicina Veterinária aprovados pelo Ministério da Educação (MEC) no período de 2018 a 2021.

O “Diagnóstico Situacional de Qualidade dos Projetos Pedagógicos dos Cursos de Medicina Veterinária Submetidos a Análises para Fins de Autorização” foi baseado na avaliação de 40 processos recebidos pelo MEC no período mencionado.

Os projetos para abertura de novos cursos de graduação foram encaminhados pelo MEC ao CFMV para a obtenção de um parecer técnico da entidade. Devido à baixa qualidade, o resultado foi desfavorável para todos os processos, por não atenderem os critérios mínimos da avaliação.

“Os dados mostram que muitos jovens estão se formando sem saber lidar adequadamente com vidas animais e humanas. Considerando a importância da atuação do médico-veterinário nas diversas áreas que impactam diretamente o bem-estar dos animais, dos seres humanos e do meio ambiente, é urgente promover debates e encontros que discutam a educação superior da nossa profissão”, disse o presidente do Regional, Odemilson Donizete Mossero.

Manifesto e Ação civil pública

Atualmente, são 536 escolas de Medicina Veterinária com autorização de funcionamento no Brasil, 22 no modelo Ensino a Distância (EaD). No mundo, há somente outros 320 cursos superiores na área.

Diante deste cenário, o CFMV ajuizou Ação Civil Pública (ACP) visando à suspensão dos processos e atos autorizativos relacionados a novos cursos e vagas na área da Medicina Veterinária por, no mínimo, cinco anos, ou até que seja possível verificar a qualidade dos cursos existentes e reformular os marcos regulatórios em termos compatíveis com a garantia de qualidade do ensino superior.

Também foi elaborado um manifesto em defesa do ensino da Medicina Veterinária, assinado por todos os presidentes do Sistema CFMV/CRMVs, durante a 1ª Câmara Nacional de Presidentes de 2023, visando dar embasamento e sustentação para dialogar com o MEC e o Congresso Federal.

Durante o II Encontro de Coordenadores de Cursos do CRMV-SP, os participantes terão a oportunidade de escrever uma carta, salientando a importância de se assegurar a formação adequada dos futuros profissionais. “É urgente que haja fiscalização e qualidade dos cursos de graduação. Para isso, precisamos também fortalecer e melhorar a atuação política dos médicos-veterinários, para que possamos dialogar de forma assertiva junto aos órgãos públicos”, enfatiza o presidente da Comissão Técnica de Educação, Fábio Manhoso.

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