O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) anunciou oficialmente, no dia 27/2, a prorrogação da consulta pública para permitir a importação de carne bovina brasileira in natura de 14 Estados brasileiros. O período de comentários, que havia sido encerrado na sexta-feira (21/2), foi estendido até 22 de abril.
A decisão já havia sido confirmada pelo USDA – faltava a definição oficial do prazo. Como se esperava, a prorrogação se deu por mais 60 dias, o tempo pedido por oito senadores americanos, em carta enviada em janeiro ao secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack. Na correspondência, os parlamentares manifestam a preocupação com a possibilidade de que a importação de carne do Brasil leve a febre aftosa para o país.
Na consulta pública, foram feitos 499 comentários a respeito do assunto. Os Estados em análise pelo USDA são Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Na quarta-feira 26/2, o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Marcelo Junqueira, disse que o Brasil deve começar a exportar carne bovina in natura para os EUA ainda no primeiro semestre. De acordo com ele, o volume a ser exportado inicialmente não deve ser dos maiores, porque o mercado americano funciona por meio de cotas. “Devemos assumir uma cota em torno de 65 mil toneladas de carne, mas a liberação dará um respaldo para exportar para outros países e facilitará outras negociações”, afirmou Junqueira.
Fonte: Portal do CFMV.