Fisioterapia ajuda animais a superarem dor e limitação física

Especialidade é indicada para o tratamento de distúrbios ortopédicos e neurológicos que acometem os animais
Texto: Comunicação CRMV-SP
Foto: Adobe Stock

Restabelecer a saúde, prevenir o avanço de doenças e melhorar a qualidade de vida de animais de companhia e de competição são os principais objetivos da Fisioterapia Veterinária, especialidade que vem avançando no País.

É indicada para o tratamento de distúrbios ortopédicos e neurológicos que acometem os animais por diversas razões, como traumas, doenças, atividades físicas, idade, sobrepeso, entre outros.

Segundo a médica-veterinária Maira Rezende Formenton, integrante da Comissão Técnica de Fisioterapia Veterinária do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), os profissionais contam com avançado conjunto de técnicas capazes de promover a reabilitação e garantir o bem-estar dos animais de forma não invasiva e, na maior parte dos casos, indolor.

Nos últimos anos, a modalidade teve avanços importantes no País, sobretudo com a chegada de novos aparelhos e plataformas de oscilação ou vibratórias. Maira esclarece que as técnicas da Fisioterapia Veterinária são semelhantes às utilizadas em humanos, porém, adaptadas à anatomia, fisiopatologia e biomecânica animal, portanto, só pode ser exercida por profissional médico-veterinário habilitado.

Diversos aparelhos utilizados em humanos, como laser, tens, ultrassom, entre outros, também são empregados em nossa rotina

(Maira Rezende Formenton)

Espécies beneficiadas

Os cães e cavalos, tanto por sua proximidade com o homem quanto pela facilidade de manejo, estão entre as espécies mais beneficiadas pela Fisioterapia Veterinária. Mas, além deles, podem ser tratados felinos, bovinos e até mesmo animais silvestres.

“Temos relatos de tartarugas marinhas, com feridas nos cascos, que foram tratadas com laser e também de pinguins com lesões que foram reabilitados para voltar ao mar”, diz Maira.

Tratamentos

Os tratamentos variam de acordo com o distúrbio e com as características do animal. Em cães, os problemas mais comuns são as hérnias de disco, artrites e artroses, displasias coxofemural e de cotovelo, obesidade, problemas de coluna e pós-operatório ortopédico.

Em felinos, as artroses têm tido uma grande incidência em função do crescente número de animais com idade mais avançada. Porém, de acordo Maira, ainda há muitos casos de gatos que precisam ser tratados devido a sequelas ocasionadas por traumas, como atropelamentos e fraturas de coluna. Nos equinos, são comuns lesões relacionadas ao esporte, como tendinites e lombalgias.

Cuidados paliativos

A especialidade pode também envolver cuidados paliativos em animais com câncer ou convalescentes. Técnicas como massoterapia, alongamentos e mobilizações articulares ajudam evitam que o animal sofra com perda de massa muscular ou formação de escaras. “Buscamos amenizar a dor e reduzir o uso de medicações, diminuindo a sobrecarga renal e hepática, conferindo alívio maior ao paciente”.

Em relação à obesidade, a Fisioterapia Veterinária e a reabilitação têm o papel de melhorar o condicionamento físico do animal e tratar lesões decorrentes do excesso de peso, como a sobrecarga em articulações. Nestes casos, destaca-se o trabalho com a hidroterapia, que facilita a locomoção e traz os resultados físicos necessários ao animal.

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