Mapa adia para 2019 a vacinação contra aftosa com dose reduzida

Segundo a SDA, é preciso realizar novos estudos científicos e adotar medidas técnicas antes de implementar a nova vacina no País
Texto: Comunicação CFMV/Mapa (adaptado pela Comunicação CRMV-SP)
Foto: FreeImages

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) definiu, nesta quarta-feira (31/01), que a vacina de dose reduzida contra a febre aftosa deve começar a ser aplicada apenas em maio de 2019. O calendário de vacinação de 2018 permanece sem mudanças, com a exigência da antiga formulação para as aplicações programadas para maio e novembro.

A pasta havia autorizado a diminuição da dose da substância de 5 ml para 2 ml, no último dia 22/01, com a publicação da Instrução Normativa nº 11. Um dos principais objetivos na mudança da vacina é a injeção de um volume menor de óleo mineral, o que reduziria o risco de reações alérgicas nos animais.

A princípio, a mudança valeria a partir da segunda fase de aplicação da vacina, ainda no segundo semestre deste ano. No entanto, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) determinou que será preciso realizar novos estudos científicos e adotar medidas técnicas antes de implementar a nova vacina no País, e adiou a mudança para 2019.

Por enquanto, o Mapa ressalta que, já a partir da primeira fase de vacinação em maio, a forma de aplicação da vacina deverá ser, preferencialmente, subcutânea (abaixo do couro do animal) e não intramuscular. A medida procura garantir maior eficiência do produto e evitar perdas no abate.

Cautela

O secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, ressaltou que a cautela na implantação da nova vacina é necessária, pois o Brasil está em fase final de erradicação da aftosa e de reconhecimento de país livre da doença com vacinação. “Faremos tudo para atingir os objetivos, apesar do tamanho do território brasileiro e do grande número de animais.”

O Mapa espera que o Brasil alcance o status de país livre da aftosa com vacinação junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) no próximo mês de maio.

Maturidade

Segundo Guilherme Marques, diretor de Departamento de Saúde Animal (DSA), o setor produtivo mostra maturidade e a convicção de que tudo deverá ser feito dentro de critérios técnicos. “Não se trata apenas de redução de dose da vacina, pois implica em mudança do processo de produção, exigindo, além dos testes laboratoriais, testes de eficácia no campo.”

Conforme prevê o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa), a retirada completa da vacinação deverá acontecer a partir de 2023, processo que será finalizado em 2026.

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