O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) acaba de estabelecer as normas técnicas de certificação sanitária da compartimentação da cadeia produtiva avícola, em caráter facultativo. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União do dia 22/10, por meio da Instrução Normativa número 21, da Secretaria de Defesa Agropecuária.
A certificação para a infecção pelos vírus de influenza aviária e doença de Newcastle “tem por finalidade reconhecer e atestar subpopulação de aves com status sanitário diferenciado, por meio da adoção de procedimentos adicionais de biosseguridade, vigilância epidemiológica, supervisões e auditorias”, informa a norma.
O Brasil é o primeiro país do mundo a criar uma legislação para a compartimentação da produção da avicultura, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). De acordo com a associação, a compartimentação traz uma nova perspectiva sobre a gestão sanitária da produção. “Dividindo cada núcleo de produção em compartimentos, o modelo estabelece um rastreamento sanitário pleno da produção, permitindo gestões mais rápidas e efetivas em caso de crises sanitárias. Com isto, reduzem-se os impactos econômicos gerados e se proporciona ainda mais segurança sanitária e credibilidade à cadeia produtiva”, informa a ABPA.
A associação desenvolveu as normas e contribuiu nas negociações com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), para o reconhecimento do modelo brasileiro. Segundo a ABPA, os estudos para a instalação do programa começaram em 2008. Cinco unidades produtoras – uma da BRF (em MT), uma da Seara-JBS (em SC) e três da Cobb-Vantress (em MS, SP e MG) – participaram da iniciativa. Todas as adequações propostas pelo programa foram auditadas por missões da própria OIE.
Fonte: Globo Rural