Outubro Rosa – Uma em cada oito mulheres terão câncer de mama

Profissionais da saúde costumam deixar de lado os cuidados com a própria saúde, perdendo a chance do diagnóstico precoce
Texto: Comunicação CRMV-SP
Foto: Pixabay

Empenhadas em cuidar do bem-estar dos animais, as médicas-veterinárias acabam, muitas vezes, deixando de lado a própria saúde. No Brasil, o câncer de mama é o que mais acomete as mulheres, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer.

De acordo com Solange Sanches, oncologista clínica do A.C.Camargo Cancer Center, de uma maneira geral, as colegas da área da saúde que cuidam, seja de pessoas ou de animais, deixam de lado os cuidados com a própria saúde, perdendo a chance do diagnóstico precoce. “O fato de pertencer à área da saúde não a torna imune. Toda mulher deve visitar o ginecologista anualmente”.

A oncologista clínica Laura Testa, chefe do grupo de Onco-mama do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), destaca que cada pessoa tem um risco próprio para o desenvolvimento da doença, seja pelo histórico familiar, idade em que menstruou, o quanto usou de medicamento na vida, faixa etária, entre outras razões.

“Uma em cada oito mulheres terá o diagnóstico de câncer de mama na vida. O que precisamos saber é o que podemos fazer, hoje, para diminuir esse risco daqui para frente e proteger nossa saúde.”

Fatores de risco

O câncer de mama é multifatorial. Segundo Solange, os principais fatores de risco do câncer de mama são a condição de ser mulher – afinal o câncer de mama também ocorre em homens – e estar envelhecendo. “Com o passar da idade, temos aumento gradativo na incidência de câncer de mama, mas, ultimamente, reparamos aumento no número de casos da doença em pacientes mais jovens. E aí existe uma relação com estilo de vida e vários fatores”, ressalta.

Esses vários fatores passam pelo aumento à exposição hormonal, incluindo aí as pacientes que menstruam muito cedo, as que demoram mais para engravidar, e as que deixam de amamentar. Somam-se, ainda, os hábitos da vida moderna, como a rotina estressante, a falta de atividade esportiva e o aumento da ingestão de gordura.

A doença relacionada a alterações genéticas ocorre em 10% dos casos

Diagnóstico precoce é fundamental

De acordo com Solange, quanto menor o tumor, maior a chance de cura e manutenção da mama. “Não podemos impedir um câncer de aparecer. O que temos a oferecer à paciente é o diagnóstico precoce, nossa intenção é diminuir o impacto do tratamento na qualidade de vida da mulher”, afirma.

“Sabemos que a mulher que tem uma profissão, uma casa, um monte de coisa para cuidar, acaba deixando para cuidar de si depois que cuidou de todo mundo. Mas não cuidamos de ninguém se não cuidarmos da gente”, alerta a oncologista clínica do Icesp, Laura Testa.

Faça algo por você

A recomendação é que, a partir dos 40 anos, a mulher faça o exame de mamografia anualmente. Sendo que a visita ao ginecologista para os exames de rotina deve ser mantida todos os anos, independente da idade.

“Fazer os exames uma vez por ano é muito importante, mas todo dia temos que fazer algo pela gente. Todo dia temos que encontrar uma fonte de prazer e de saúde. O exercício físico pode ajudar. Uma caminhada de 30 minutos, cinco vezes por semana, é uma forma de proteção, É preciso encontrar esse tempinho, não é fácil, mas pela saúde, precisamos”, esclarece Laura.

Diminuir a ingestão de gordura reduz em cerca de 20% a mortalidade por câncer de mama

(Laura Testa)

Dicas para diminuir o risco de incidência do câncer de mama

1- Mantenha a alimentação saudável, rica em fibras e com baixo teor de gordura;

2- Evite o sobrepeso;

3- Faça atividades físicas – 30 minutos de caminhada rigorosa por dia são suficientes;

4- Visite o ginecologista e realize os exames de rotina uma vez por ano.

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