O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), por meio de sua Comissão Técnica de Saúde Ambiental, lança panfleto digital sobre os “10 passos para gestão adequada dos resíduos de serviços em saúde”. A publicação visa orientar o manejo adequado, desde a geração até a destinação final, de acordo com as exigências da legislação vigente.
Lançado no dia em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente (05/06), o panfleto digital está disponível na Plataforma CRMV-SP e poderá ser baixado e impresso para uso e distribuição.
A intenção é estimular a redução de eventuais impactos ambientais, assim como a possibilidade de acidentes com os trabalhadores, dos estabelecimentos de saúde – todos aqueles que prestam serviços relacionados ao atendimento de saúde humana e animal, inclusive os de assistência domiciliar e trabalhos de campo.
A presidente da Comissão Técnica de Saúde Ambiental da autarquia, Elma Polegato, diz que o grupo trabalha desde 2012 no sentido de traduzir a legislação ambiental brasileira e a Agenda Ambiental Mundial 2030, no que se refere às atividades profissionais da Medicina Veterinária e Zootecnia, sempre em busca do desenvolvimento sustentável e da Saúde Única.
“É importante que os profissionais executem essas regras no cotidiano de todas as atividades que geram resíduos de saúde, separando-os dos demais resíduos gerados e encaminhando-os de forma adequada e responsável ambientalmente, por meio de contratação ou parceria com empresas especializadas no tratamento e descarte destes materiais”, ressalta Elma.
O presidente do Regional, Odemilson Donizete Mossero, reforça que a atuação de médicos-veterinários e zootecnistas é indispensável para a manutenção e preservação do meio ambiente. “Seguindo este passo a passo, os profissionais atuarão com o compromisso socioambiental e sanitário assumido em prol da Saúde Única e da prática do desenvolvimento sustentável”, diz.
Soluções para a poluição plástica
Neste ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) propõe como tema dos debates o combate à poluição plástica. Segundo a organização, cerca de 400 milhões de toneladas de plásticos são produzidos por ano, no planeta todo, mas apenas 19 a 23 toneladas são recicladas, o que representa menos de 10% do total.
Esses resíduos não tratados contaminam o meio ambiente e as águas de rios e até mares, já que todo esse contingente de plástico vai parar nos oceanos, contaminando tanto a água quanto os seres vivos. “Fazer o manejo adequado dos resíduos, seja nos estabelecimentos de saúde animal ou em propriedades rurais, contribui muito para a redução ou o melhor aproveitamento do plástico. A agricultura e agropecuária são setores onde a utilização deste material é necessária e seu volume maior ainda”, enfatiza a presidente da Comissão Técnica de Saúde Ambiental.
Elma, que também integra o Grupo de Trabalho em Destinação de Resíduos Gerados nas Atividades Agropecuárias do CRMV-SP, explica que a decomposição do plástico é um grande problema, pois na maioria das vezes leva mais de 100 anos. “Por isso, sempre que possível, substitua o seu uso por produtos mais sustentáveis, como vidro e papelão, e, na impossibilidade de reaproveitar e reciclar, faça a destinação e disposição final ambientalmente correta”, diz.
Nunca enterre, queime, deixe em solo ou jogue plásticos em rios e córregos, pois suas micro substâncias tóxicas são eliminadas e podem contaminar solo, água, alimentos, animais e, consequentemente, o homem. Faça compostagem de resíduos orgânicos, recicle resíduos inorgânicos, ou destine sempre à coleta existente. “Médicos-veterinários e zootecnistas são agentes de transformação desta realidade através de suas atividades diárias e cumprem com um importante compromisso socioambiental e sanitário em prol do meio ambiente e da Saúde Única”, finaliza Elma.