Comitiva do CRMV-SP Escuta encerra ano de viagens no município de Jaú

Encontro reuniu 51 médicos-veterinários e zootecnistas da região
Texto e foto: Comunicação CRMV-SP

O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) realizou a última viagem do ano de 2023 para o CRMV-SP Escuta, projeto que marcou a atual gestão ao buscar a aproximação com os profissionais para melhoria dos projetos e dos serviços prestados na autarquia. O CRMV-SP Escuta Jaú aconteceu no dia 28 de novembro, no Gaben Hotel, e contou com a presença de 51 profissionais.

O município de Jaú, que possui 133.497 pessoas, de acordo com o Censo Demográfico mais recente realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2022), é importante centro agrícola e industrial, conhecido como a capital do calçado feminino. Banhado pelo Rio Tietê e situado em região de terra roxa, que possui alta fertilidade, teve como importante fonte de desenvolvimento o cultivo do café.

Entre os principais temas debatidos no encontro, que tem o objetivo de ouvir e responder os questionamentos apresentados, estiveram: caminhos futuros na Medicina Veterinária, sustentabilidade, parcerias público-privadas (PPPs), importância da participação dos profissionais na política e no CRMV-SP, documentação necessária para evitar processos éticos, exercício ilegal da profissão, e dúvidas sobre equipamentos em clínicas e hospitais veterinários.

O presidente do CRMV-SP, Odemilson Donizete Mossero, ressaltou a importância de ouvir as “dores” dos profissionais e da necessidade de maior engajamento político na profissão. “Precisamos ter muitos médicos-veterinários e zootecnistas líderes, atuando por políticas públicas importantes para a garantia da saúde única”, disse.

Compuseram a mesa de honra do evento, os membros da diretoria do CRMV-SP, Odemilson Donizete Mossero, presidente; Fábio Manhoso, vice-presidente e presidente da Comissão de Educação; Fernando Buchala, secretário-geral e presidente da Comissão de Agronegócio; Rosemary Viola Bosch, tesoureira e presidente da Comissão de Responsabilidade Técnica; além do assessor jurídico e administrativo, Bruno Fassoni, e do diretor técnico médico-veterinário, Leonardo Burlini.

Estavam presentes, ainda, a presidente da Comissão de Entidades Veterinárias do Estado de São Paulo do CRMV-SP, Cristina Timponi; o representante regional de Campinas e integrante da Comissão de Entidades Veterinárias do Estado de São Paulo, Paulo Corte; o representante regional da região de Sorocaba, Carlos Renato Murta; o representante regional de Ribeirão Preto, Carlos Alberto D’Avilla; o representante regional de Bauru e Botucatu e membro da Comissão de Saúde Pública, Mário Ramos; a presidente da Comissão de Saúde Ambiental e representante regional de Marília, Elma Polegato; e a assessora técnica médica-veterinária do Regional, Alessandra Fonseca.

Parcerias público-privadas (PPPs)

Um dos principais questionamentos do encontro foi a política de proteção e de controle populacional de animais que é realizada por determinados municípios. O presidente do CRMV-SP, Odemilson Donizete Mossero, ressaltou que o Conselho tem defendido as parcerias público-privadas como melhor caminho, em vez da criação de novos serviços municipais ou estaduais. “O CRMV-SP faz, inclusive, a orientação de como fazer o chamamento público”, disse.

A presidente da Comissão de Entidades Veterinárias do Estado de São Paulo do CRMV-SP, Cristina Timponi, contou sobre a experiência com o projeto “Bicho Feliz”. “O município de Jundiaí tem o plano de microchipagem obrigatória de cães e gatos em dois anos”, relatou. Para isso, a cidade faz parcerias público-privadas (PPPs) e somente realiza castração gratuita para animais de pessoas que atendem a critérios sociais.

O representante regional de Campinas, Paulo Corte, comentou que a avaliação para atendimento gratuito pode ser feito por assistente social.

Participação

A participação política dos médicos-veterinários e zootecnistas é fundamental para as conquistas em prol das profissões. O presidente da Associação de Médicos-veterinários de Jaú e Região (Amveja), Giovani Fernando Araújo, conclamou todos a participarem e disse que se surpreendeu com o Conselho, que busca responder e resolver as questões que são colocadas.

O presidente do CRMV-SP contou um pouco sobre as visitas a políticos da região e considerou os encontros bastante produtivos. Durante a passagem da comitiva do CRMV-SP, foram realizadas três reuniões. A primeira, com o prefeito de Jaú, Jorge Ivan Cassaro, e os vereadores Rodrigo di Paula e Jefferson Vieira, em que estavam presentes, também, o assessor de assistência social da prefeitura, Everaldo de Andrade, o secretário de proteção e direito dos animais, Odair Soares, e o diretor de direito dos animais de Jaú, Ricardo Bauer. O segundo encontro foi com o presidente da Câmara Municipal, Luiz Maurílio Moretti. Já a terceira reunião foi realizada com o secretário de meio ambiente do município, Giovani Mineti Fabrício; o secretário de agricultura de Jaú, Antonio Carioba; o gerente da secretaria de saúde do município, Angelo Fernando Daros; o secretário de proteção e direito dos animais de Jaú, Odair Soares; e o diretor de proteção e direito dos animais, Ricardo Bauer.

Estavam presentes nas visitas o presidente do CRMV-SP, Odemilson Donizete Mossero; a tesoureira do CRMV-SP, Rosemary Viola Bosch; o presidente da Amveja, Giovani Fernando Araújo; o representante regional da região de Sorocaba do CRMV-SP, Carlos Renato Murta; o representante regional de Campinas e integrante da Comissão de Entidades Veterinárias do Estado de São Paulo, Paulo Corte; a presidente da Comissão de Entidades Veterinárias do Estado de São Paulo do CRMV-SP, Cristina Timponi; o médico-veterinário, Alan Gomes da Silva; o representante regional de Ribeirão Preto do CRMV-SP, Carlos Alberto D’Avilla; o representante regional de Bauru e Botucatu do Regional, Mário Ramos; o diretor técnico médico-veterinário do CRMV-SP, Leonardo Burlini; e a assessora técnica médica-veterinária do Regional, Alessandra Fonseca.

Documentação para evitar processos éticos

Outra questão levantada foi como evitar processos ético-profissionais. Conhecimento técnico, atualização profissional, documentação e diálogo com o tutor foram as principais formas abordadas para isso. “Há um crescimento no número de jovens profissionais sendo processados. Provavelmente isso se deve em razão do alto número de faculdades sendo abertas, que formam profissionais despreparados”, declarou a tesoureira do CRMV-SP, Rosemary Viola Bosch. “Antes, os processos aconteciam mais com profissionais formados há longa data, que possivelmente não se atualizavam”.

A tesoureira do CRMV-SP, que também é presidente da Comissão de Responsabilidade Técnica (RT), ressaltou a importância da documentação, por meio de prontuário e de registros. “Por isso, estamos disponibilizando para todos o manual de RT. Não temos interesse de complicar o trabalho de ninguém”.

O vice-presidente do CRMV-SP, Fábio Manhoso, abordou a relevância de dialogar com o tutor. “É importante nos sintonizarmos com o cliente, sabermos conversar, explicar, vender confiança para ele. O líder no atendimento somos nós, que decidimos a técnica que usaremos. Se o médico-veterinário desenvolver mais sua capacidade de relacionamento interpessoal, muitas denúncias não acontecerão”.

O diretor técnico médico-veterinário do Regional, Leonardo Burlini, mencionou a Resolução CFMV 1321/2020, que disponibiliza todos os formulários necessários no atendimento. “E não hesite em entrar em contato conosco, no Conselho, em caso de dúvidas”, disse ele.

Caminhos na Medicina Veterinária e na Zootecnia

O representante regional de Bauru e Botucatu e membro da Comissão de Saúde Pública do Regional, Mário Ramos, abordou a importância do médico-veterinário para a saúde única (humana, animal, das plantas e do meio-ambiente) e pediu para os membros da mesa apontarem possíveis caminhos na Medicina Veterinária e na Zootecnia.

Para o presidente do CRMV-SP, a Medicina Veterinária e a Zootecnia cresceram e ainda têm muito a se desenvolverem, especialmente com os pets, que possuem cada vez mais importância. “Hoje temos especialistas na área pet que não tínhamos antes, então, creio que o caminho é a especialização”, disse. O presidente do Conselho também mencionou a Inteligência Artificial (IA) como ferramenta para auxílio, sem substituir o trabalho do profissional.

Para o vice-presidente da autarquia, é necessário conhecer o cenário atual “porque ele se modifica muito rápido; por isso, é necessário estudo, dedicação, atualização”. Ele também mencionou a importância de conversar e tratar bem o tutor.

Sustentabilidade

“O que é ser sustentável?” Para a presidente da Comissão de Saúde Ambiental do CRMV-SP e representante regional de Marília, Elma Polegato, a sustentabilidade não é voltada somente para o setor ambiental e inclui o social. Ela destacou que é essencial fazer o plano de gerenciamento de resíduos e colocá-lo em prática. “Trabalhar como manejar e gerir os resíduos da produção animal de maneira adequada”, disse. Ela contou, ainda, que está sendo montado um manual de descarte de resíduos da agropecuária.

O diretor técnico médico-veterinário do Regional também ressaltou a parte econômica e social da sustentabilidade e reforçou o trabalho e a disponibilidade das Comissões do CRMV-SP, para auxílio aos médicos-veterinários e zootecnistas, como a mais nova Comissão de Gestão.

Município de Jaú finaliza ciclo de viagens do CRMV-SP Escuta em 2023

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O município de Jaú, que conta com 133.497 pessoas, de acordo com o Censo Demográfico mais recente realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2022), sediou a última edição do CRMV-SP Escuta do ano no interior do estado. O evento contou com 51 profissionais presentes. O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), Odemilson Donizete Mossero, ressaltou a importância de ouvir as demandas dos profissionais, contou como foram as visitas a políticos e saudou os médicos-veterinários da região.

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O vice-presidente do CRMV-SP, Fábio Manhoso, que também é presidente da Comissão Técnica de Educação da autarquia, após saudar a presença de seus alunos, do presidente da Associação de Médicos-veterinários de Jaú e Região (Amveja), Giovani Fernando Araújo, e da representante regional de Marília, Elma Polegato, que foi sua colega de turma, lembrou as condições de muitos veterinários: “não andam de terno e gravata, não trabalham no ar-condicionado, como estamos aqui hoje; a eles queremos dizer que muito está sendo feito, mas que ainda podemos fazer mais”. Ele também abordou ações do Sistema CFMV/CRMVs para barrar o ensino a distância na Medicina Veterinária e na Zootecnia.

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A tesoureira e presidente da Comissão de Responsabilidade Técnica do CRMV-SP, Rosemary Viola Bosch, fez um chamado para as mulheres participarem mais do Conselho, já que “64% dos profissionais do País são mulheres”. Ela também falou sobre as palestras on-line de Responsabilidade Técnica que são realizadas mensalmente e do grupo de apoio aos profissionais.

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O secretário-geral do Regional, Fernando Buchala, apresentou dados atualizados sobre a Medicina Veterinária e a Zootecnia e as ações do Conselho: a cidade de Jaú possui 157 médicos-veterinários e um zootecnista registrados no CRMV-SP; o País possui 536 faculdades de Medicina Veterinária; no estado de São Paulo, são 108 faculdades de Medicina Veterinária e 18 de Zootecnia; o Conselho julgou 113 processos ético-profissionais no ano de 2023 até a data.

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O representante regional de Bauru e Botucatu e membro da Comissão de Saúde Pública do Regional, Mário Ramos, abordou a importância do médico-veterinário para a saúde única (humana, animal, das plantas e do meio-ambiente) e pediu para os membros da mesa apontarem caminhos na Medicina Veterinária, incluindo a própria experiência. Para o presidente do CRMV-SP, Odemilson Donizete Mossero, a Medicina Veterinária cresceu muito e ainda tem muito a crescer, especialmente com os pets, que possuem cada vez mais importância. “Hoje temos especialistas na área pet que não tínhamos antes, então, creio que o caminho é a especialização”, disse.

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Uma das questões abordadas foi “o que é ser sustentável?”. A presidente da Comissão Técnica de Saúde Ambiental do CRMV-SP e representante regional de Marília, Elma Polegato, respondeu que a sustentabilidade não é voltada somente para o setor ambiental e que inclui o social. Ela destacou que é essencial fazer o plano de gerenciamento de resíduos e colocá-lo em prática. Um manual de descarte de resíduos da agropecuária está sendo elaborado e em breve será disponibilizado aos profissionais. O diretor técnico médico-veterinário do Regional, Leonardo Burlini, também ressaltou a parte econômica e social da sustentabilidade e reforçou o trabalho e a disponibilidade das comissões do CRMV-SP para auxílio aos médicos-veterinários, como a mais nova Comissão de Gestão.

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O presidente da Associação de Médicos-veterinários de Jaú e Região (Amveja), Giovani Fernando Araújo, disse que se surpreendeu com o Conselho, que busca responder e resolver as questões que são colocadas. O profissional estava presente nas visitas aos políticos da região e foi muito importante nas articulações. Na foto, o presidente da Amveja está ao lado da presidente da Comissão de Entidades Veterinárias do Estado de São Paulo do CRMV-SP, Maria Cristina Timponi, que trocaram homenagens pela atuação de ambos no associativismo.

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Na foto, alguns dos 51 profissionais presentes, juntamente dos diretores e membros de comissões do CRMV-SP.

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Na foto, o vice-presidente do CRMV-SP, Fábio Manhoso, que também é presidente da Comissão de Educação do Regional, está ao lado de alunos e colegas da Universidade de Marília (Unimar), presentes ao evento. A presidente da Comissão de Saúde Ambiental do CRMV-SP e representante regional de Marília, Elma Polegato, está ao centro.

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Da esquerda para a direita, o representante regional da região de Sorocaba do Conselho, Carlos Renato Murta; a tesoureira e presidente da Comissão de Responsabilidade Técnica do CRMV-SP, Rosemary Viola Bosch; o médico-veterinário associado da Amveja, Alan Gomes da Silva; o representante regional de Bauru e Botucatu e membro da Comissão de Saúde Pública do Regional, Mário Ramos.

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