Parque Ecológico de São Carlos tem recebido macacos vítimas de maus-tratos

No ano passado, espaço acolheu 13 animais, dez deles com algum tipo de ferimento
Texto: Portal G1 (adaptado pela Comunicação CRMV-SP)
Foto: Divulgação Parque Ecológico de São Carlos

O Parque Ecológico de São Carlos, no interior de São Paulo, tem recebido macacos vítimas de maus-tratos. Segundo o diretor do parque, o médico-veterinário Guilherme Marrara, a falta de informação em relação à febre amarela explica o aumento no número de casos. No ano passado, 13 animais chegaram ao local, dez deles com algum tipo de ferimento.

Atualmente, os funcionários cuidam de dois filhotes, um de dois e outro de oito meses, que perderam as mães por espancamento. O macaquinho mais velho foi apedrejado e está com problemas neurológicos. “Ele chegou bastante desacreditado, mas conseguimos dar uma boa qualidade de vida para ele”, afirma Marrara.

Matar ou maltratar animais é considerado crime ambiental pela Lei n° 9.605/98, crimes que podem gerar pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa.

Transmissão da doença

O pesquisador e presidente da Sociedade Brasileira de Primatologia (SBP), Danilo Simonini Teixeira, alerta que os macacos não são responsáveis pela transmissão da doença, que ocorre pela picada de mosquitos silvestres, além do Aedes Aegypti.

“Por terem uma semelhança genética à nossa, os macacos são nossos protetores. Se a pessoa mata, agride ou envenena, está tirando essa proteção natural que o animal fornece. Se não tiver o macaco é até pior para as pessoas que vão acabar sendo contagiadas por outras doenças e não só a febre amarela”, ressalta Teixeira.

Aliado fundamental

Na mata, o inseto pica o macaco, que fica infectado. Depois, o macaco é picado por outro mosquito, que transmite a doença ao homem. A febre amarela não passa de pessoa para pessoa, nem de macaco para seres humanos. O diretor do parque ecológico lembra que o animal infectado é um aliado fundamental no combate à doença.

“Se matar os macacos, não vamos saber que o vírus está circulando em determinada área. E o controle epidemiológico vai ficar mais difícil porque vamos ter que esperar apresentar os sintomas nos seres humanos, o diagnóstico e o tratamento da doença. Jamais se deve matar um macaco, eles são tão vítimas quanto nós”, enfatiza Marrara.

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