Relatório da OIE recomenda eliminação gradativa do uso de antibióticos na criação de animais para abate

CFMV alerta médicos-veterinários sobre a necessidade de adequação às normas internacionais de controle do uso dos medicamentos
Texto: Comunicação CRMV-SP (com informações da Comunicação CFMV e da OIE)
Foto: Pixabay

Relatório, divulgado, na quinta-feira (14/02), pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), faz um apelo aos países para que eliminem gradativamente o uso de antibióticos na pecuária.

O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) alerta aos médicos-veterinários, profissionais que atuam diretamente no tratamento dos animais, sobre a necessidade de adequação às normas internacionais de controle do uso de antibióticos.

O uso excessivo de antibióticos em animais e em humanos vem contribuindo para o surgimento de bactérias resistentes a esses agentes. As chamadas superbactérias representam atualmente uma das principais ameaças à saúde pública mundial e o maior desafio da ciência neste século.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, se não controladas, até 2050, as superbactérias serão responsáveis por cerca de 10 milhões de mortes por ano no mundo, tornando-se mais letais que o câncer.

Américas precisam avançar, mas houve progresso no controle global

Embora não traga dados de países isoladamente, o relatório aponta as Américas como uma região que ainda precisa avançar no controle desses agentes. Dezoito dos 30 países americanos (60%) que participaram da pesquisa, incluindo o Brasil, relataram o uso de antibióticos na produção animal e, desses, treze (72%) não possuem legislação para regulamentar o setor.

O relatório revela, no entanto, que houve progresso no controle global do uso de antibióticos na Agropecuária. Dos 155 países membros da OIE, 45 relataram o uso desses produtos para estimular o crescimento de animais. O número é 25% menor do que o registrado no relatório anterior, em 2017, quando 60 países informaram usar agentes antibióticos. A Europa lidera esse processo, com apenas dois países ainda utilizando agentes para crescimento e abate.

Legislação

Houve progresso também na legislação e regulamentação. Atualmente, 72 países informam não possuir legislação ou regulamentação do uso de antibióticos na produção animal, contra 110 países no relatório anterior.

“Essas informações sugerem um progresso na regulamentação e no uso mais prudente e responsável desses agentes antibióticos na cadeia alimentar”, afirma o relatório. “Mas os países precisam fazer mais, criar legislação e eliminar gradativamente o uso dos antibióticos na produção de animais para o consumo”.

Leia o relatório na íntegra:

https://www.oie.int/en/for-the-media/press-releases/detail/article/new-report-shows-global-shift-in-use-of-antibiotics-in-animals/

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