Sustentabilidade na produção animal encerra o 5º Encontro de Zootecnistas

Em homenagem ao Dia do Zootecnista, foram realizadas palestras com temas diversificados como bem-estar de cães e gatos, aquicultura e gestão de qualidade na agroindústria
Texto: Comunicação CRMV-SP/ Foto: Freepik

Um dos termos mais utilizados pelo mundo moderno, o conceito de sustentabilidade está associado à rotina produtiva de todos os segmentos da economia pela relação direta com a capacidade de conservar um processo ou sistema, em uma perspectiva ampla e integrada das questões ambientais e princípios de responsabilidade socioeconômicos. A relevância do tema motivou a Comissão Técnica de Zootecnia e Ensino a incluir na programação do 5º Encontro de Zootecnistas palestra com o zootecnista Carlos M. Saviani.

Esta será uma oportunidade para que a sustentabilidade na produção animal esteja no centro das análises e, assim, sejam provocadas reflexões sobre o posicionamento dos zootecnistas no cenário atual e futuro.

Para a zootecnista Soraia Marques Putrino, integrante da Comissão Técnica de Zootecnia e Ensino que será debatedora do painel que acontecerá na próxima terça-feira (20), a sustentabilidade vai além das questões ambientais e os profissionais da área são capacitados para atuar, entre outras frentes, na utilização adequada de recursos estimulando a produção eficiente e, ao mesmo tempo, sustentável.

Mais do que uma celebração, as palestras deste evento conectam profissionais que atuam em diferentes áreas, possibilitando que o zootecnista assuma um papel cada vez mais efetivo e relevante na produção animal e áreas correlacionadas.

(Soraia Marques Putrino, integrante da Comissão Técnica de Zootecnia e Ensino/ CRMV-SP)

Diante da contemporaneidade e projeção do tema na comunidade internacional e consequente cobrança pela produção responsável dos setores econômicos, foi iniciado um ciclo virtuoso de atividades sustentáveis que motivou a busca por soluções para substituir práticas consideradas contraditórias à nova mentalidade global.

O fomento de novas ferramentas, por meio da pesquisa, alavancou, ainda, a reformulação de grades curriculares e aperfeiçoamento de especialidades em setores considerados tradicionais como o agronegócio, por exemplo. Sob essa perspectiva de evolução, as profissões envolvidas em toda a cadeia também são impactadas, entre elas, a Zootecnia.

“O zootecnista tem papel fundamental na produção animal em diversos aspectos entre eles a nutrição de precisão. O fornecimento de nutrientes e aditivos que promovam melhor produtividade por área, menor quantidade de resíduos (excreção), bem-estar animal e produção de alimentos de origem animal com qualidade nutricional, por meio de ações sustentáveis”, explica.

Educação continuada

Sobre a importância da formação e educação continuada para que o profissional mantenha sua relevância diante do dinamismo do mercado, a integrante da Comissão de Zootecnia e Ensino do CRMV-SP ressalta que essa é uma oportunidade para que a profissão alcance um destaque ainda maior, proporcionalmente, à expansão do agronegócio no Brasil por meio da atualização constante baseada em inovação.

“As ferramentas tecnológicas são imprescindíveis para o processo, pois, além de possibilitarem mensurações acuradas, podem auxiliar o aperfeiçoamento de conceitos atuais bem como desenvolvimento de novas soluções. Para isso, o profissional precisa ter uma visão holística, desde a fazenda até o consumidor final, considerando os impactos em toda cadeia de produção e, principalmente, atuando como agente das estratégias para mitigá-los”, reitera Soraia.

Vale lembrar que, nos setores da produção animal, a Zootecnia atua nas áreas de nutrição, melhoramento genético, manejo, e na administração e gestão das propriedades e empreendimentos rurais, auxiliando na utilização de recursos que garantam a lucratividade sem esgotar o capital natural.

Origem

Do latim sustentare que significa suportar ou sustentar, a palavra sustentabilidade remete originalmente à capacidade de manter algo em bom estado durante um período longo de tempo, mesmo com interferências externas. Adaptado aos fundamentos atuais de comprometimento com o tripé social, ambiental e financeiro, o conceito é considerado imprescindível para viabilizar projetos de gestão corporativa.

Também conhecido como triple bottom line, o tripé da sustentabilidade foi criado na década de 1990 pelo empresário britânico John Elkington que, por suas ações no campo do desenvolvimento empresarial, ficou mundialmente conhecido como “pai da sustentabilidade”.  Resumidamente, Elkington estabeleceu parâmetros relacionados às empresas que direcionam sua produção com foco nas necessidades naturais do planeta, impactos econômicos, além do relacionamento com colaboradores e, consequentemente, com a sociedade.

Para especialistas do setor, a partir da contextualização prática e atual, a produção animal sustentável não representa apenas um nicho de mercado, mas é, sim, uma realidade necessária. Conceitos e ferramentas tecnológicas já proporcionam resultados positivos inclusive na produção por hectare e vão ao encontro das iniciativas globais lideradas pela Organização das Nações Unidas para a Agenda 2030.

5º Encontro de Zootecnistas

O 5º Encontro de Zootecnistas oficializa as comemorações que celebram o dia do Zootecnista sempre no dia 13 de maio. A data refere-se à aula inaugural do primeiro curso superior de Zootecnia, no Brasil, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Uruguaiana (RS) no ano de 1.966. A profissão é regida pela Lei n° 5.550, de 4 de dezembro de 1968.

5º Encontro de Zootecnistas – 24/05

Horário: 19h às 21h

A sustentabilidade na produção animal

Palestrante: Carlos M. Saviani (DSM)

Mediadora: Soraia Marques Putrino (Comissão Técnica de Zootecnia e Ensino/CRMV-SP)

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