Em movimentação de passageiros, o Aeroporto Internacional de Guarulhos é o maior da América Latina. Os trabalhos demandados dentro desse contexto são inúmeros e, quando o assunto são os riscos sanitários e as ameaças à economia e relações internacionais, os médicos-veterinários são peça-chave para aumentar as garantias de segurança preventiva.
A equipe de comunicação do CRMV-SP acompanhou uma tarde de fiscalização no Terminal 3 de passageiros, com a médica-veterinária Marlene Bichler, fiscal agropecuário do Serviço de Vigilância Agropecuária local (SVA/GRU), unidade do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), após o pouso de uma aeronave com passageiros da China.
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Na rotina local, tem sido frequente a presença de alimentos em bagagens, principalmente de origem animal (em especial, de peixes) e de vegetais. “Alguns trazem quantidades enormes, sem nenhuma identificação”, conta a fiscal.
O risco é de que alimentos contaminados desencadeiem doenças em animais e humanos, ou, no caso de vegetais, tragam pragas que ainda não existem no Brasil e que podem representar a destruição de plantações. No posto de fiscalização, amostras de espécies já encontradas em alimentos de origem vegetal são a prova desse risco. Enviadas para análises, a maior parte era nociva e foi impedida de se espalhar em regiões do País.
Transporte de pets
É também no Terminal 3 que os médicos-veterinários prestam esclarecimentos sobre todos os trâmites, prazos e documentações necessárias para a emissão de certificado aos pets que farão viagens internacionais. São mais de 20 atendimentos por dia, em média.
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Passada a fase orientativa, os fiscais agropecuários recebem toda a documentação e atestados de saúde, e avaliam se estão dentro dos parâmetros sanitários exigidos por cada país de destino.
Tarefa complicada
É dos fiscais a difícil tarefa de informar aos tutores quando o animal não pode embarcar, seja por questões nos controles de saúde, seja pelas documentações. Até cerca de um ano atrás, a incidência de erros nos atestados de saúde provocava a rejeição de até 40% dos documentos.
No entanto, o quadro apresentou considerável melhora depois da criação do “Guia para Emissão de Atestado de Saúde de Pequenos Animais”, que está em sua segunda edição e foi elaborado em parceria com o CRMV-SP.
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