Megaoperação embarca mais de 27 mil bois em navio no Porto de Santos

Há quase duas décadas cais santista não movimentava “carga viva”

Mais de 27 mil bois que eram criados em fazendas no interior de São Paulo estão sendo embarcados no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, em um navio com destino a Turquia. A megaoperação deve durar até cinco dias e marca a retomada de movimentação de “carga viva” no complexo portuário santista após quase duas décadas.

A operação teve início na noite de quarta-feira (29), mas foi intensificada ao longo de quinta-feira (30), quando o cais passou a receber por hora três caminhões com 90 cabeças de gado cada.

Os animais são procedente de fazendas localizadas em Altinópolis e em Sabino, distantes 500 quilômetros do litoral, aproximadamente.

Assim que chegam ao terminal portuário, os caminhões se posicionam de modo que os animais entrem em um corredor e depois passem por uma plataforma até embarcar no navio Nada, capaz de receber até 30 mil bois. A embarcação, de 12 decks (andares), possui veterinários e vaqueiros entre os 80 tripulantes.

“Essa operação tem muito a ver com o momento que o porto vive. O exportador começou a procurar alternativa e Santos sempre foi colocado como um porto difícil e caro, mais dedicado a outras cargas. Ela mostra que há como atender essa demanda”, explica o diretor comercial do terminal Ecoporto, Luiz Araújo.

Os trabalhos foram planejados nos últimos meses e contaram com o apoio da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pela equipe da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).

A aparente inexperiência na movimentação de animais Porto de Santos preocupou os envolvidos na operação. “Os fiscais do Mapa estão monitorando tudo. Tudo está muito limpo, diferente do que nós imaginamos anteriormente. O fluxo de carretas também está ocorrendo normalmente, sem problemas”, afirma Araújo.

A Codesp, que participou desse planejamento, prospecta oportunidades. “O porto tem que atender todas as demandas. Foi colocada uma nova possibilidade e ela está sendo adotada. Toda a cadeia logística está se mostrando favorável”, explica o diretor de Relações com o mercado da estatal, Cleveland Sampaio Lofrano.

A perspectiva é que, em janeiro de 2018, um novo embarque de cabeças de gado deva ocorrer no cais santista. Tudo depende do resultado desta operação, prevista para terminar até segunda-feira (4), após o recebimento de todos os animais que deverão ser transportados até o porto em cerca de 300 caminhões.

As cabeças de gado tem como destino o Porto de Iskenderun, no Mar Mediterrâneo. A navegação dura aproximadamente 15 dias e os animais serão alimentados com pelo menos 60 toneladas de ração, que também foram embarcadas em Santos. Na Turquia, eles seguem para fazendas e, posteriomente, para consumo.

O Nada, conforme informações oficiais, é considerado o maior navio em operação no mundo voltado para o transporte de animais vivos. Construído em 1993 para carregar contêineres e cargas de projeto, foi adaptado na última década. A embarcação tem 201 metros de comprimento e 32 metros de largura (boca).

A última vez que o Porto de Santos movimentou esse tipo de “carga” ocorreu em 2000, mas na direção inversa. Na ocasião, foram importados ao país pelo menos 647 avestruzes provenientes da Espanha, que foram descarregados no cais do Paquetá. No Estado, “cargas vivas” tem maior movimentação no porto de São Sebastião.

Texto: Portal G1.

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