Alerta para evitar o Nível 4 de contágio por Covid-19 nos estabelecimentos

Todas as medidas devem ser implantadas em consultórios, clínicas e hospitais para que não haja exposição ao coronavírus dentro nas instituições veterinárias

Analisar o risco e definir a operação dos serviços médico-veterinários é uma das prioridades do documento elaborado pela Academia Brasileira de Medicina Veterinária Intensiva (BVECCS) e o Grupo de Estudos de Medicina Veterinária da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) que traz protocolos de atendimento durante a pandemia. A intenção é evitar que as clínicas cheguem a ter casos entre funcionários e clientes.

O documento tem como objetivo diminuir o risco de entrada do vírus no estabelecimento de saúde, a exposição dos colaboradores e agentes sanitários e a quantidade de pessoas dentro do estabelecimento, além de restringir a entrada de tutores e criar o plano de comunicações da clínica.

Entre as ações propostas estão proibir a entrada de tutores positivos para Covid-19, considerar a implementação de grupos de trabalho com metade ou um terço dos funcionários, sendo que o ideal é que todas as áreas participem, incluindo médicos-veterinários e pessoal de suporte; fechar o banho tosa e áreas não essenciais; ter rigor máximo na desinfecção e revisão do processo de uso dos equipamentos de proteção individual (EPI’s), entre outras.

O momento é de total atenção e, de acordo com Rodrigo Cardoso Rabelo, representante da BVECCS no Comitê da AMIB para o enfrentamento à Covid-19, um dos grandes desafios é conscientizar a classe para que as recomendações sejam seguidas.  “Não podemos deixar que o nível quatro seja atingido, o que pode levar ao fechamento do estabelecimento, além de busca epidemiológica”, explica Rabelo.

Se muitos estabelecimentos entrarem em nível 4, poderemos ter um desequilíbrio na saúde animal e um risco a mais à saúde humana

(Marcio Thomazo Mota)

Responsabilidade de todos

Segundo Marcio Thomazo Mota, membro da Comissão das Entidades Regionais Veterinárias do Estado de São Paulo do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), o principal objetivo dessas medidas é para que os estabelecimentos não avancem ao Nível 4 e continuem prestando assistência, mantendo a saúde animal e humana.

“O gestor ou o responsável técnico do estabelecimento devem incorporar as medidas, treinar e capacitar a equipe para seguir todas as recomendações. Não basta apenas entregar um manual com as regras, sem checar se aquilo tudo foi entendido, cobrando só então a responsabilidade de cada membro da equipe nas ações ”, enfatiza Mota.

Conscientização da população

Eduardo Pacheco, membro da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais, do CRMV-SP, considera que é essencial que a conscientização da população também seja feita a partir das campanhas, comunicação interna e por meio de redes sociais do estabelecimento, e mensagens aos clientes via e-mail e SMS sobre o sistema de triagem, mas é importante também que toda a equipe esteja envolvida e seja colaborativa.

No processo de conscientização, segundo Mota, o médico-veterinário é peça-chave. “E deve se posicionar publicamente (redes sociais, televisão, revistas, jornais) com informação técnica pertinente à conscientização da utilização mais segura possível dos serviços veterinários”, enfatiza, lembrando ainda do papel do profissional no bloqueio da disseminação de notícias falsas, a fim de evitar abandono e condutas que podem causar prejuízo à saúde.

 

Acesse aqui o documento na íntegra

 

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