Após um ano da 1ª fase da Carne Fraca, Ministério anuncia mudança na fiscalização

Comando, que hoje está com as superintendências nos estados, será centralizado na sede Ministério, em Brasília
Texto: Portal G1 (Adaptado pela Comunicação CRMV-SP)
Foto: Adobe Stock

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, informou, nesta quarta-feira (07/03), que o sistema de inspeção dos produtos de origem animal ficará, a partir de agora, centralizado na sede do Ministério, em Brasília.

Com isso, a Secretaria de Defesa Agropecuária passa a ter controle sobre os fiscais que atuam nos frigoríficos. Antes, a fiscalização ficava sob o comando das superintendências regionais, que são braços do Ministério em cada estado. Na prática, elas perdem o poder de decisão e passam a dar apenas apoio logístico e administrativo às fiscalizações.

A mudança havia sido anunciada por Maggi, em março do ano passado, após a primeira fase da Operação Carne Fraca, que denunciou um esquema de corrupção na fiscalização de frigoríficos e a suspeita de venda de carne vencida e qualidade duvidosa. A confirmação da medida acontece dois dias depois da segunda fase da operação, que investiga fraude em laudos emitidos por quatro fábricas da BRF.

Interferência política

De acordo a Portaria nº 266, publicada no Diário Oficial da União, dia 7 de março, foram definidas 10 áreas de abrangência dos Serviços de Fiscalização e Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa), que antes eram atribuídos a cada Superintendência do Mapa nos estados e no Distrito Federal.

“É um compromisso que o Ministério da Agricultura assumiu desde o ano passado para diminuir ou extinguir qualquer possibilidade de interferência política na fiscalização de sanidade, de saúde animal. A medida vem nessa direção para que a gente deixe totalmente blindado esse processo”, enfatiza Maggi.

Burocracia

Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Luís Rangel, a mudança vai diminuir a burocracia. “Para que as informações chegassem até o Ministério da Agricultura, tinham que passar por três níveis de hierarquia. Agora, a comunicação será direta”, enfatiza Rangel.

O número de Serviços de Inspeção foi reduzido de 27 para 10. As unidades estarão presentes em 10 regiões, agrupadas de acordo com a quantidade de estabelecimentos que devem ser vistoriados. Cada unidade ficará responsável por até 300 frigoríficos e terá um chefe, funcionário de carreira do Ministério, auditor fiscal ou médico-veterinário.

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