Avicultura celebra números, mas precisa avançar em bem-estar animal

Dia da Avicultura (28/08) é oportunidade para debater conquistas e entraves do setor
Texto: Comunicação CRMV-SP
Foto: Pixabay

O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo. Em produção, é o segundo país no topo do ranking mundial, atrás apenas dos EUA. No último ano, a participação do setor no Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) foi de R$ 72,1 bilhões, o que representa 38,7% dos R$ 186 bilhões totais da pecuária.

Mesmo com as oscilações econômicas, em 2018, a avicultura brasileira produziu 12,86 milhões de toneladas, das quais exportou 31,9%, o que gerou faturamento de U$ 6,5 milhões. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que contabilizou 95 mil toneladas exportadas para 150 países no ano passado, para os próximos anos, a meta é aumentar as exportações para os países compradores e acessar novos mercados.

Por outro lado, aspectos relacionados ao bem-estar ainda são desafios, que vêm sendo superados com tecnologia e capacitação. A alta produtividade está apoiada em fortes investimentos nas áreas da genética, nutrição, manejo, biosseguridade e à implantação de programas de qualidade que incluem o Bem-estar Animal e a preservação do meio ambiente.

Criação livre de gaiolas em transição

A zootecnista Paola Moretti Rueda, integrante da Comissão Técnica de Bem-estar Animal do CRMV-SP, e o médico-veterinário Ariel Antonio Mendes, diretor de Relações Institucionais da ABPA e um dos coordenadores do “Protocolo de Bem-estar para Frangos de Corte”, são enfáticos ao afirmar que o Brasil evoluiu nesse quesito.

De acordo com Paola, com relação às poedeiras, o avanço está atrelado ao compromisso assumido por grandes marcas de supermercados em comprar ovos de galinhas livres de gaiolas, quando as aves têm espaço para manifestar comportamentos da espécie, como ciscar e abrir as asas, sem esbarrar umas nas outras. “Esse tem se mostrado economicamente viável, e o Brasil vem fazendo a transição de forma sustentável e gradual.”

Para que os ovos tenham qualidade, é preciso controle térmico, uso de poleiros, cama de boa qualidade e a atenção à saúde dos animais

Frango de corte

No segmento frango de corte, o Brasil prosperou no controle térmico do ambiente, as instalações já consideram a climatização automática do galpão de criação. “A produtividade dos animais depende da oferta adequada de alimentos e de climatização, de modo que o bem-estar tem sido uma premissa entre os produtores”, afirma Mendes.

Segundo o médico-veterinário, a gestão do ambiente é cada vez mais rigorosa. “Todos os lotes possuem fichas de controle onde são anotados consumo diário de ração e água, oscilações de temperatura e umidade, ganho de peso, medicações administradas e a ocorrência de mortalidade. Além disso, existem aplicativos que auxiliam no monitoramento de dados para evitar falhas ou corrigi-las a tempo.”

 

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