Biodiversidade marinha brasileira ainda é desconhecida

Objetivo principal da BiotecMar é desenvolver pesquisa sobre origem marinha, além de novos produtos para a indústria
Texto: Agência Fapesp (adaptado pela Comunicação CRMV-SP)
Foto: Adobe Stock

Em artigo publicado no periódico científico Frontiers in Marine Science, pesquisadores da Rede Nacional de Pesquisa em Biotecnologia Marinha (BiotecMar) enumeram estudos e descobertas recentes, assim como o potencial para a área de inovação.

“O objetivo principal da BiotecMar é desenvolver pesquisa de cunho aplicado de origem marinha, mas também novos produtos de aplicação na indústria como, por exemplo, enzimas, pigmentos, suplementos alimentares, alimentação de organismos marinhos e aquicultura marinha”, afirma Fabiano Thompson, coordenador da Rede e professor no Instituto de Biologia na Coppe da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Segundo Thompson, sabe-se que a biodiversidade é a base da biotecnologia marinha e um ativo potencial para a bioeconomia. Porém, a despeito da rica biodiversidade endêmica do Brasil e dos mais de 7 mil quilômetros de costa brasileira, parte significativa permanece inexplorada. “Conhecemos uma parcela muito pequena da biodiversidade marinha ao largo da costa brasileira e isso é um problema.”

Estudar a biodiversidade marinha é uma preocupação no mundo inteiro. “Não por acaso, existem projetos internacionais de circum-navegação tão grandes como o Projeto Malaspina (Espanha) e o Tara Ocean (França e Alemanha), que visam entender a diversidade de genes no ambiente marinho para aplicações tecnológicas”, enfatiza Thompson.

 

A biodiversidade marinha pode ser considerada uma imensa farmácia submersa e inexplorada, uma fonte rica para a biotecnologia

(Fabiano Thompson)

Futuro

Embora o investimento por aqui seja menor que naqueles países, a ideia é que a rede acelere a descoberta de conhecimento “para que em 10 anos seja possível o Brasil estar mais próximo desse patamar internacional de biotecnologia marinha”, ressalta Thompson.

Para enfrentar esses desafios, a criação da rede nacional já estava prevista no IX Plano Setorial de Recursos do Mar da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar.

Participação

“Existem vários projetos, alguns feitos em equipe, como o Projeto Temático financiado pela Fapesp que eu coordeno, por exemplo. Outros são de caráter mais individual, mas, no geral, os pesquisadores participam da BiotecMar de diferentes maneiras”, disse Roberto Berlinck, professor no Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), integrante da Rede BiotecMar e membro da coordenação do programa Biota-Fapesp.

O pesquisador coordena o Projeto Temático “Componentes da biodiversidade, e seus caracteres metabólicos, de ilhas do Brasil – uma abordagem integrada”.

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