Brasil tem condições de se proteger do novo surto de gripe aviária

Como maior exportador mundial de frangos, é preciso atenção constante
Comunicação CRMV-SP

Em meio à propagação do coronavírus, recentemente batizado de Covid-19 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a China intensifica medidas também contra a série de surtos de gripe aviária que vem ocorrendo no País, desde o início de fevereiro.

Além dos casos em províncias chinesas, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) notificou focos da doença na Romênia, Polônia, Índia, Eslováquia, Hungria, Ucrânia, República Checa e África do Sul. Somente na China, já foram sacrificadas mais de 17 mil aves e, diante dessa nova escalada da gripe aviária no mundo, é preciso estar em máximo alerta.

Mas quais os riscos desse surto chegar ao Brasil? Segundo a zootecnista Paola Moretti Rueda, da Comissão Técnica de Bem-estar Animal, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), sempre há risco em um mundo globalizado, no qual o trânsito de pessoas, animais e produtos é constante.

“É importante seguir as medidas de biosseguridade implantadas no Brasil, há algum tempo. Por exemplo, há motivos para uma pessoa, vinda do exterior, ficar em quarentena antes de entrar em uma granja brasileira, ou proibir que passageiros tragam na bagagem produtos de origem animal. Essas medidas visam bloquear a entrada do surto em nosso País”, afirma Paola.

Medidas preventivas

Como os alertas vieram antes do vírus, o médico-veterinário Antonio Queiroz de Almeida Sampaio, da Comissão Técnica de Saúde Animal, do CRMV-SP, acredita que os grandes criadores já tomaram medidas preventivas, “mas o risco maior está nos pequenos produtores, que não têm tanta tecnologia a disposição para se protegerem”.

Paola concorda que é preocupante, mas afirma que o Brasil tem condições de criar, implantar e monitorar estratégias de biosseguridade que visem bloquear a entrada do agente. “Caso aconteça uma entrada do agente, o País deve se mostrar capaz de conter o surto. No que tange à economia, o efeito seria devastador, a qualquer sinal de um surto todos os mercados se fecham”, enfatiza a zootecnista.

Normas de biosseguridade são fundamentais

Para evitar focos da doença no Brasil, segundo Paola, é preciso seguir todas as normas de biosseguridade, “principalmente, profissionais que transitam entre granjas ou que recebam inspeções, auditorias, visitas de pessoas vindas do exterior”, ressalta a zootecnista, lembrando que para guiar os profissionais há as diretrizes dos Programas de Biosseguridade, Prevenção e Monitoria de Influenza Aviária.

Sampaio concorda que as visitas aos criadouros devem ser controladas, mas lembra da importância que há nos cuidados com a higiene dos funcionários e operadores e com o descarte adequado de todo material retirado dos galpões, sendo imprescindível “a vigilância das autoridades sanitárias veterinárias e o treinamento dos profissionais sobre sintomas e formas de controle”, conclui.

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