Estado de São Paulo se tornará zona livre de febre aftosa sem vacinação

Evento marca lançamento de último ciclo de vacinação contra a doença em bovinos e bubalinos
Texto: Comunicação CRMV-SP
A foto mostra a mesa de abertura do evento, com as autoridades sentadas, incluindo o presidente do CRMV-SP, Odemilson Donizete Mossero.
Foto: Arquivo pessoal (Odemilson Donizete Mossero)

O estado de São Paulo será considerado zona livre de febre aftosa sem vacinação pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), após último ciclo de vacinação contra a doença em bovinos e bubalinos, iniciado em 1o de novembro. Para celebrar o início desta etapa da imunização, foi realizado evento na Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), em Presidente Prudente (SP), no dia 31 de outubro, durante o III Fórum Paulista de Febre Aftosa.

O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) marcou presença, com o presidente, Odemilson Donizete Mossero; o secretário-geral, Fernando Buchala; a conselheira, Ana Claudia Ambiel; e o representante regional de Presidente Prudente, Haroldo Alberti.

Durante a cerimônia, o presidente do Regional, Odemilson Donizete Mossero, compôs a mesa de abertura. “Trabalhei durante 35 anos no Mapa, na área de defesa sanitária animal, e tive participação ativa no programa de combate e de erradicação da febre aftosa. Fico muito feliz em estar presente no evento de finalização da vacinação, representando a classe médica-veterinária estadual e federal, que é de suma importância técnica para este resultado”, disse.

O presidente afirma que “o sucesso do programa de controle, e depois, de erradicação da febre aftosa, se deve graças a todos os profissionais que o desenvolveram, como médicos-veterinários estaduais de defesa animal, professores epidemiologistas, entre outros; e da união do corpo técnico oficial, da aprovação política para o programa e da grande participação em execução por parte dos produtores rurais do Brasil, que acreditaram e investiram pesado no segmento”, declarou.

O evento é uma realização da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Após a finalização da vacinação e declaração de zona livre da doença pelo Mapa, a expectativa de produtores de carne bovina é que possa haver aumento nas exportações e abertura de novos mercados.

Momento histórico
Foto: Homéro Ferreira

Segundo a conselheira do Regional, Ana Claudia Ambiel Corral Camargo, “o evento é histórico para o agronegócio do estado de São Paulo e a Unoeste, sendo uma instituição de ensino superior com forte atuação na área de Ciências Agrárias, e parceira dos órgãos públicos, não poderia deixar de oferecer todo o apoio”, disse. “Para os nossos alunos, acompanhar esse momento é uma oportunidade de vivenciar e valorizar todo o trabalho realizado, por diferentes atores, ao longo das últimas décadas, e assumirem um compromisso de darem continuidade a esse legado”, declarou.

Para o representante regional do Conselho em Presidente Prudente, Haroldo Alberti, a região foi privilegiada para sediar o Fórum por ter iniciado a campanha de vacinação, em 1967. “Com a declaração de zona livre de febre aftosa, os produtores poderão vender a diversos mercados que fazem restrição”, analisa.

Conquista

O ciclo de 56 anos de vacinação contra a febre aftosa em bovinos e bubalinos, no estado de São Paulo, foi iniciado em 1967 e está sendo encerrado em novembro de 2023, com abertura da última etapa no dia 1o de novembro e previsão de término ao fim do mês. A imunização começa a partir da região de Presidente Prudente, para todo o estado de São Paulo, em animais com até 24 meses.

Após essa etapa, o Mapa suspenderá a vacinação e o Estado será declarado livre da febre aftosa, assim como outros estados da Federação (Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins).

Posteriormente, será necessário que animais vacinados provenientes de estados livres com vacinação não entrem em estados que já suspenderam a imunização, como será o caso de São Paulo. Isso será necessário para pleitear o reconhecimento internacional, pela Organização Mundial de Saúde Animal, que está previsto para ter início em agosto de 2024 e finalização em maio de 2025, cumprindo assim o prazo de doze meses sem uso de imunizante e sem ingresso de animais vacinados.

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