Campanha de vacinação antirrábica é suspensa em São Paulo

Imunizar cães e gatos continua sendo de extrema importância
Comunicação CRMV-SP

Após decisão conjunta da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo com as administrações públicas dos municípios paulistas, a campanha de vacinação de cães e gatos contra a raiva não será mais realizada. O principal motivo é o risco de transmissão do novo coronavírus (Sars-CoV-2), que é potencializado em situações de aglomeração de pessoas.

A suspensão da campanha foi oficializada por meio de uma deliberação (CIB nº 65/20), publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 07/08. Isso não significa que os pets não devam ser imunizados contra a raiva, que é uma doença grave em animais e humanos.

“Manter a carteira de vacinação dos animais de estimação em dia, com as doses anuais, é uma responsabilidade dos tutores”, ressalta a médica-veterinária Valéria Gentil de Tommaso, que integra a Comissão Técnica de Políticas Públicas do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP).

Para se ter uma ideia, de 2002 a 2020, no estado de São Paulo, foram registrados 13 casos de raiva em cães e 20 em gatos. “O número é relativamente pequeno, porém, não pode ser desconsiderada a não detecção de casos, pois a apresentação de sintomas da doença nos animais mudou e podem ser confundidos com os de outras doenças”, diz Valéria.

Onde vacinar o seu pet

O serviço de vacinação está disponível em estabelecimentos privados de saúde animal, como clínicas e consultórios. Cabe ressaltar que a vacinação deve ser realizada por um médico-veterinário e nunca em balcões de petshops e casas de ração.

Os serviços públicos municipais também são uma alternativa, pois continuarão dispondo de doses gratuitas da vacina aos tutores que levarem seus animais até os postos fixos de atendimento de sua cidade. Neste caso, a orientação é buscar por informação junto às secretarias de Saúde.

Morcegos que comem frutas também podem transmitir a doença

A população também deve estar atenta aos morcegos. O médico-veterinário Sílvio Arruda Vasconcellos, secretário-geral do CRMV-SP afirma que, no Brasil, foi identificado que o vírus circula entre os que se alimentam de frutas. Eles podem aparecer em residências, ruas e praças, por exemplo. “Estes morcegos podem cair em locais em que transitam pessoas – inclusive crianças – e cães e gatos, o que facilita a ocorrência de mordidas acidentais, por meio das quais pode haver transmissão do vírus”, frisa Vasconcellos.

Saiba o que fazer se uma pessoa ou um animal tiver contato com morcegos

Em caso de morcegos encontrados em comportamento não habitual – por exemplo, caídos no chão ou avistados durante o dia – é indispensável procurar o serviço de saúde o mais breve possível. O animal não deve ser tocado.

O morcego precisa ser mantido no local para que a vigilância municipal providencie o recolhimento do animal para identificação e diagnóstico da raiva.

Confira outros cuidados para evitar a raiva:

– não abra mão de manter seu pet vacinado contra a raiva todos os anos;

– não permita que cães e gatos tenham acesso à rua, desacompanhados (este tópico merece atenção redobrada aos gatos que, devido seu hábito noturno e de caça, podem ter maior chance de contato com morcegos. Mesmo os gatos que vivem em apartamento devem estar vacinados);

– não alimente ou tente contato com animais silvestres em parques;

– caso seja mordido por cães, gatos, morcegos ou animais silvestres, lave imediatamente o ferimento com água e sabão e procure atendimento médico.

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